I will catch you if you fall - 11º capítulo

[...] E ele me beijou.

Foi mágico: a delicadeza dos lábios dele se movendo contra os meus, sua mão na minha cintura e a minha mão na nuca dele.

Eu não queria que acabasse. Meu sangue pulsava incrivelmente forte, meu coração praticamente pulava dentro do peito. Era uma sensação que eu nunca, nunca havia sentido em toda a minha vida. Eu estava apaixonada por Justin, e não percebera.

O beijo cessou, e ele olhou em meus olhos.

- Mel... - ele começou - havia muito, muito tempo que eu queria fazer isso. Eu não quero pressionar você nem nada, sei que acabou de sair de um relacionamento e que deve estar confusa. Me desculpe se eu fui precipitado, é que... eu não consegui me conter. E agora, bom, eu só tenho certeza deuma coisa. - ele parou, aprofundando seu olhar no meu - Eu quero você.

Eu o olhei.

- Justin... - mordi o lábio - bom, é só que eu não estou confusa. E não precisa pedir desculpas porque... bom, eu gostei. E... 

- E?

- Eu também quero você - soltei rápido, na pressa de colocar tudo que eu queria dizer para fora.

Ele sorriu; era o sorriso sincero que eu já tinha visto. 

- Então - ele me olhou, entrelaçando sua mão na minha - posso te pedir uma coisa?

- Claro - minhas pernas tremiam

- Fica comigo?

Eu o olhei, um sorriso se espalhando automaticamente pelo meu rosto.

- Fico - respondi, sem pensar duas vezes. Eu tinha certeza do que queria.

Ele sorriu, e me beijou de novo.

Claro que foi perfeito, mas... quando o beijo acabou aconteceu uma coisa inacreditável.

David se aproximava de nós furiosamente, dizendo:

- Mas o que está acontecendo aqui?

Justin estava prestes à responder, mas eu coloquei meu dedo indicador nos lábios dele, contendo-o.

- Eu que lhe pergunto - olhei para David - o que você está fazendo aqui? Deu para me seguir agora? Qual parte do "me esquece" você não entendeu?

- Eu fui até a sua escola - ele se explicou - na intenção de falar com você, mas me disseram que não tinha aula, então vi vocês juntos, decidi segui-los, e acabei dando de cara com essa palhaçada aqui!

Eu podia sentir a inquietude de Justin ao meu lado. Ele mantinha a mão na minha cintura.

- Palhaçada? Não tem nenhuma palhaçada aqui, a não ser sua presença. - respondi - Qual parte do acabou é complicada demais para você? E quem é você para me seguir? Eu já não disse para me esquecer? Esqueça que um dia eu participei da sua vida!

- Você não pode fazer isso!

Justin acabou não se contendo, e disse:

- Ah pode, ela pode sim! A única coisa que não pode é você tentar interferir entre eu e ela.

- Não tem você e ela - rebateu David

- Tem, agora tem. E você vai ter que ser homem o suficiente para aceitar isso, já que não foi homem o suficiente para cuidar dela direito. Agora quem cuida sou eu.

- VOCÊ... - David alterou a voz, mas eu interrompi, dizendo:

- CHEGA! NÃO QUERO VOCÊS DOIS BRIGANDO POR MINHA CAUSA! AGORA VOCÊ, DAVID, VÁ EMBORA E ME ESQUEÇA, ENTENDEU? ESQUEÇA!

Ele me olhou furiosamente, do mesmo modo que havia olhado no dia em que terminamos o namoro, e se foi. 

Eu olhei para Justin, mordendo o lábio inferior.

- Desculpe por isso - falei

Ele beijou minha testa

- Não tem que se desculpar, mô. A culpa não é sua. E eu não vou deixar ele estragar nós dois.

Meu coração acelerou na parte do "nós dois". Sem ter o que dizer, eu o beijei.

Ele me olhou, alisando meu rosto, dizendo:

- Mô... já está tarde, acho que preciso te levar pra casa - ele fez em beicinho

Olhei em volta; ele estava certo. O céu já estava escurecendo.

- É... - mordi o lábio inferior

Então ele pegou na minha mão, beijou minha testa e andamos até o carro.

Mas do que nunca, eu estava feliz. De alguma forma, me sentia completa. É claro que perguntas do tipo "como não percebi nada antes?" surgiam em minha mente, mas era passageiro, não importava. Minha felicidade agora era saber que eu estava com ele. Não estávamos namorando oficialmente, claro, ele só pediu para ficar comigo, mas bom, isso também não importava. 

Ele me deixou em casa, e chegando lá a encontrei vazia; minha mãe não havia chegado ainda.

Subi, tomei um banho, coloquei uma roupa confortável, fui até a cozinha e estava comendo quando minha mãe chegou.

- Oi filha! - ela disse ao me ver

- Oi mãe

- Tudo bem? Como foi o dia?

- Foi legal - foi mágico, perfeito e tudo mais, pensei comigo mesma - não teve aula. E o seu dia?

- Ah, e você ficou sozinha em casa o dia inteiro? - ela disse com uma ponta de desconfiança na voz - Ah, e meu dia foi ótimo - acrescentou.

- Não fiquei em casa - engoli em seco - fui ao parque com o Justin.

- Ah, entendo. Bom, quer que eu peça uma pizza?

- Pode ser

- Ok - disse ela, virando-me as costas e pegando o telefone.

A pizza chegou alguns minutos depois, nós comemos e eu subi para meu quarto.

Assim que me deitei na cama meu celular tocou, e era Justin; nós ficamos conversando por horas, e ele cantou para mim dormir.

Acordei no outro dia, e pulei rápido da cama, pois eu ia vê-lo hoje.

Abri a janela, olhando o clima, e estava frio. Sorri, eu amo o frio.

Tomei meu banho, me arrumei assim:

[...]

Anjos, me desculpem pela demora para postar; estive sem tempo, e a preguiça me atingiu um pouco rs, prometo que não vai mais acontecer! Continuo com 5 comentários, e digam-me o que estão achando :3, beijos!