I will catch you if you fall - 12º capítulo

[...] Peguei minha bolsa, desci, tomei café, escovei os dentes e logo percebi que era muito cedo. Peguei um livro, sentei no sofá e comecei a ler. Minutos depois, ouvi uma buzina, e praticamente corri.

- Oi princesa - ele me disse quando entrei no carro

- Oi mô - sorri, e ele me beijou.

Fomos conversando - como sempre, ele me fazia rir. 

Assim que saímos do carro, ele pegou em minha mão, e todos olharam. Enquanto andávamos, pessoas nos encaravam, e inclusive ouvi uma garota cochicar para outra, num tom de surpresa:

- Eles estão juntos...

- Eu avisei - respondeu a outra menina. Crispei a testa; porque as pessoas cuidavam tanto da minha vida?

No meio da caminho, apareceu uma amiga do Justin. Ela se surpreendeu, assim como as outras pessoas, ao ver que estávamos de mãos dadas. Aliás, pareceu se incomodar com esse detalhe.

- Oi Justin, oi Melanie - ela me encarou, e eu a encarei de volta. Não gostava nenhum pouco dela.

- Oi Taylor - ergui a sobrancelha

- Oi Tay - Justin respondeu, e eu franzi a testa. Tay? Como assim Tay?

- Fez o trabalho de Geografia?

- Fiz, e você?

- Também. An, preciso ir, te encontro na sala - ela disse, e pareceu querer me provocar - Tchau, Melanie.

- Tchau, Taylor - sorri ironicamente, e ela se foi. 

- Tay - murmurei mais para mim mesma do que para Justin.

Ele me olhou, sorrindo.

- Está com ciúmes? - havia um toque de descrença em sua voz. Continuamos andando.

- Eu? Ciúmes? Claro que não, não tenho isso.

- Como você é boba! Ciúmes da Taylor!

- Não estou com ciúmes - neguei

- Acredite, Mel, a Taylor é a última garota que eu cogitaria para mim.

- Porque? - minha curiosiade venceu minha teimosia

- Bom, porque além de de ela ser apenas minha amiga... não faz meu tipo.

- Qual é seu tipo?

- Você

Eu sorri

- Bobo, fico sem jeito assim

- Mas é verdade...

Tinhamos chegado à minha sala, ele a olhou, certificando-se de que não havia professor, e me beijou, na frente de todos.

Estávamos na porta, ou seja, tanto o pessoal de dentro da sala como o do corredor nos encarava boquiaberta.

- Te vejo mais tarde - ele afagou meu rosto

- Ok... já estou com saudades.

- Eu também - ele sorriu, beijou minha testa e se foi.

Respirei fundo, e me virei, olhando a sala e andando até meu lugar. Os olhos de todos brilhavam de curiosidade, e eu ignorava.

Mas é claro, havia pessoas que eu não podia ignorar, e entre elas estava minha amiga, Tiffany. Ela praticamente correu até meu encontro, se postando diante de mim e sentando-se na cadeira vazia que havia na minha frente.

- Amiga, você e o Justin estão JUNTOS? - ela explodiu - Não acredito! Eu sempre soube que rolava um química entre vocês! Me conta tudo!

- Ei ei, calma. O que quer saber especificamente?

- Como ele te pediu em namoro?

- Ele não me pediu em namoro.

- An? Como assim?

- Nós estamos... sei lá, ficando

- Awn. Aonde vocês foram ontem?

- Como você sabe que saímos ontem? - ergui a sobrancelha

- Eu vi vocês ontem, e deduzi

- Ah. Bom, fomos ao parque.

Ela continuou com o interrogatória, até se lembrar de uma lição pendente que tinha para fazer, e voltou ao seu lugar.

Era aula vaga, então eu peguei meu celular, conectei o fone de ouvido e comecei a rabiscar desatentamente numa folha de caderno. Enquanto eu estava ali, me ocorreu uma coisa; Lucy. O que eu ia dizer para ela? Ela me disse que estava gostando do Justin e eu menti, dizendo que ele estava namorando.

Ok, eu estava com um problema, mas não queria pensar nisso agora. Eu arrumaria uma solução.

As aulas se passaram lentamente, e finalmente o sinal bateu. Quando eu saí, Justin já estava do lado de fora da sala, me esperando, com um sorriso enorme no rosto. Ele me abraçou, me beijou   e me levou em casa. 

Peguei meu livro, e só percebi que tinha escurecido quando minha mãe chegou. Ela me abraçou, e disse que tinha um presente para mim.

- O que é? - eu perguntei, ardendo de curiosidade

- Bom, eu sei que você é viciada em sapatos, então estava passando diante de uma loja, vi e lembrei de você... aqui está - ela me entregou uma caixa, e eu a abri. Era perfeito.

- Ai, é lindo mãe! Obrigada! - eu sorri

- De nada

- Bom, preciso estudar - menti - vou subir. Obrigada mais uma vez.

- Ah, ok querida. Amo você.

- Também amo você

Subi as escadas, deitei na cama e senti o celular vibrar [...]

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