I will catch you if you fall - 10º capítulo

[...] - Vamos - sorri

Ele pegou na minha mão, deixando-a mais quente aonde sua pele tocava, e me conduziu ao carro.

- Seu ex me ligou - ele comprimiu os lábios enquanto ligava o carro.

- O que? - eu o olhei

- Pois é.

- Me diz que ele não falou besteira.

- Falou, Mel. Ele me disse que você tinha mudado completamente, e que a culpa era minha.

- Ele tem problemas mentais

- Provavelmente

- O que você disse à ele? - ergui uma sobrancelha

- Hmmm... eu falei algumas coisas, nada demais.

- Ah. Ei, você não me disse que ia me falar um negócio importante hoje?

Ele sorriu maliciosamente

- Desisti, basicamente. Vou fazer isso de outro jeito.

- Justin Drew Bieber, eu vou morrer de curiosidade!

- Não, não vai - ele riu

- Vou sim! Quando eu estiver dentro de um caixão, não reclame!

- Dramática, meu Deus!

- Vou te bater

- Sabe que não consegue, você é pequena demais

- Isso é bullyng. Vou crescer um dia - fiz um beicinho

- Duvido!

- Para de me zoar só porque sou baixinha poxa

- Ok, ok - ele riu - super alta você.

- Também não precisa mentir...

- Bipolar você, hein?

- Sou mesmo

- Boba

- Idiota

Mostrei a língua pra ele, e ele riu

- Chegamos - avisou

Eu sorri, enquanto ele saia do carro como um flash e abria a porta para mim.

- Ér... obrigada - eu desci do carro, e olhei em volta; o parque estava povoado, tinha crianças brincando e casais andando de mãos dadas, se beijando.

Cerrei os lábios; eu queria que isso acontecesse comigo e Justin.

- O que foi pequena? - Justin me olhou, provavelmente preocupado por causa da minha expressão.

Eu sorri automaticamente; adorava quando ele me chamava assim.

- Nada...

- Tem certeza?

- Absoluta.

Ele sorriu, acariciando meu rosto

- Já disse que você é linda?

- Já - eu disse, corando

- Então repito - ele olhou nos meus olhos - você é linda.

- E você é um mentiroso

- Não sou - ele aprofundou seus olhos nos meus - eu nunca mentiria para você.

Abaixei a cabeça, dizendo:

- Ok, pode parar, está me deixando com vergonha - admiti

- Tudo bem - ele riu - você é uma boba, mas acho que é isso que te faz especial. Enfim, quer sorvete?

Eu sorri.

- Quero

- Que sabor prefere?

- Morango

Ele riu.

- Eu devia ter imaginado

- Como assim? - eu perguntei enquanto íamos comprar o sorvete

- É que eu sempre soube que seu sabor preferido de sorvete é morango - ele sorriu

- Ah

Ele me entregou o sorvete.

Ficamos andando pelo parque - ele segurando minha mão. Eu gostava daquilo.

Ele me fazia rir, como sempre. Me pirraçava, me xingava, me batia e me irritava, mas era isso que eu gostava nele; seu jeito estranho e retardado de ser.
- Mel... - ele me disse enquanto estávamos andando - decidi fazer um show em Los Angeles, e eu quero que você vá.
- Show? - crispei a testa, confusa - pensei que tinha dado um tempo na carreira.
- E dei, mas é que eu preciso fazer esse show. Vai ser único.
- Porque único?
- Você verá - ele sorriu
- Ah, não! Pode ir me falando!
- Não senhora - ele riu
- Poxa - fiz um beicinho
- Não não dona Melanie, nem seus biquinhos me comovem. É surpresa. Bom, já falei demais. Você vai?
- Vou - eu o olhei - se não morrer de curiosidade até lá.
- Boba
- Você já disse isso umas dez vezes hoje
- Eu sei - ele sorriu - porque você é uma boba.
- E você é um idiota
- Eu sei - ele repetiu, rindo.
Meu celular vibrou, e era uma mensagem da Lucy. Enquanto eu olhava a tal mensagem, Justin tirou uma foto de mim.
Eu me virei e bati nele, dizendo:
- Você sabe que eu odeio que tirem fotos minhas! Deixa eu ver!
- Calma Mel - ele riu alto - Toma - ele me deu o celular, eu olhei.

- Está horrível - murmurei, entregando o celular à ele - Apague.

- Não está, sua boba. Hmmm... - ele olhou o chafariz do outro lado do parque - vamos lá ver?
- Vamos - concordei, sorrindo.
Chegamos lá, e todos estavam olhando, maravilhados.
- Mel - ele me olhou, colocando a mão no meu rosto, olhando nos meus olhos e aproximando seu rosto do meu - quero experimentar uma coisa. Posso?
Fiquei paralisada. Eu sabia o que ele pretendia fazer.
- Pode - eu permiti, sem pensar duas vezes.
E ele me beijou.
[...]

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