I will catch you if you fall - 48º capítulo

“Com você, nenhum espaço de tempo seria suficiente. Comecemos com para sempre.” - Edward Cullen, Breaking Dawn Part 1

6 meses depois. Melanie narrando.
(Dê play na música 28 e depois 29)

Amanhã seria o grande dia. Tudo estava pronto.
Eu exigi que a festa acontecesse em minha casa - eu sabia que mamãe exageraria mais do que o necessário se tivesse que alugar um espaço próprio para isso. Ela até gostou da ideia.
A parte de trás da casa tinha sido toda remodelada e a piscina estava coberta por um deque. Novas passarelas haviam sido construídas sobre o jardim, para facilitar o acesso às mesas em que o jantar seria servido, debaixo de uma enorme tenda branca. O local todo parecia um mar de flores.
E não alugaram somente as luzes do estúdio mais famoso de Los Angeles (sim, Los Angeles), mas a equipe toda do estúdio. O serviço de buffet contava com o apoio de quatro restaurantes diferentes - incluindo um dos mais famosos restaurantes do mundo, Alain Ducasse Au Plaza Athénée. Tudo era supervisionado por um dos chefes de cozinha mais requisitados do planeta. A cerimônia seria exibida ao vivo na tv, e isso foi pedido de Justin. Segundo ele, queria que suas fãs tivessem a chance de participar do momento mais importante da vida dela. Eu sorri feito uma boba quando ele disse isso.
Sem contar na lista de convidados: mais de 700 pessoas. Entre elas, estavam cantores, cantoras, atores e atrizes conhecidos mundialmente.
Ah, e o vestido. Seria muito óbvio se eu dissesse que foi desenhado exclusivamente para mim, por um dos estilistas mais consagrados do mundo?
Não era só exagerado. Era o cúmulo do exagero.
Eu nunca vi uma pessoa tão feliz em ter um trabalho tão grande para arrumar a própria casa. Minha mãe não era normal. Hora ou outra, eu a ouvia reclamando que ficaria sozinha naquela casa imensa, pois eu e Justin tínhamos comprado uma casa em Los Angeles. Facilitaria mais o nosso trabalho, por isso escolhemos lá.
Mas se isso faz minha mãe feliz, tudo bem. Sua única filha está se casando, que tal tem em tornar isso algo memorável?
Minha família do Brasil veio para cá; minha avó, minha tia, seu marido e minha prima, Claire. Eu sentia tanta falta deles, e quase explodi de felicidade ao vê-los de novo. Minha família por parte de pai - que morava em Nova York - viriam no dia do casamento, ou seja, amanhã. As únicas pessoas que já estavam aqui eram meus avós, pois meu avô iria entrar comigo. Não nego que chorei porque queria que meu pai estivesse ali, mas eu tinha certeza de que ele estaria me vendo, onde quer que estivesse.
Se eu estava nervosa com tudo isso? Puf, imagine! Só me arrepiava da cabeça aos pés apenas em pensar no que estava se aproximando.
- Está nervosa? - perguntou Claire. Ela estava dormindo em meu quarto. Eram duas da manhã e ainda não tínhamos dormido.
- Não consigo pregar o olho - sussurrei de volta.
Ela deu uma risadinha.
- Se acalme, vai dar tudo certo. Não tem como não dar. É tudo planejado.
- Eu sei. Mas não consigo deixar de ficar nervosa.
- Ligue para o Justin. Você sempre fica melhor depois de falar com ele.
- É, mas essa hora?
- Ontem ele te acordou às 3:00 da manhã porque queria ouvir sua voz. Nada mais justo.
Sorri, me lembrando.
Acordei com o celular tocando. Eram 3:00 da manhã. Porra, quem liga para alguém às 3:00 da manhã?
Olhei o visor. Era o Justin. Claro. Aquele bobão.
- Alô? - atendi.
- Oi mozinho.
- Oi mô, que foi?
- Nada, só queria ouvir sua voz.
Voltando à realidade, eu sorri de novo e peguei meu celular.
- Quer saber? Você tá certa - falei para Claire e liguei para ele.
- Alô? - atendeu ele, a voz rouca e completamente sedutora. Ah, eu não podia deixar de confessar que aquilo me excitava de uma maneira inexplicável. Que tipo de pessoa fica excitada com um "alô"? É, eu fico.
- Oi baby.
- Oi princesa, o que foi?
- Não consigo dormir.
- Por quê?
- Porque estou nervosa.
- Com o quê?
- Com o casamento, né?!
- Ah, sim. Desculpe, estou meio lerdo hoje.
- Só hoje?
- Bobona.
- É sério, eu estou nervosa.
- É, mozinho?
- É, sim.
- Vai dar tudo certo. Eu prometo dizer sim.
Eu ri.
- Idiota. Eu sei que vai. Eu te estrangularia se dissesse não.
- Acho que sua mãe faria o serviço por você. Afinal, ela teve muito trabalho para arrumar tudo, e se eu dissesse não...
- Ela te mataria - interrompi com uma risada.
- Exatamente.
- Mas continuo nervosa.
- Ei, não fique assim. Vai dar tudo certo, não tem como não dar.
- A Claire acabou de me falar isso.
- Tá vendo? Estamos certo. Eu te amo.
Eu sorri, e toda a tensão tinha sido levada junto com aquelas palavras.
- Também te amo.
- Quanto?
- Tipo muito.
- Tipo muito, é? - Ele riu.
- Sim, amor.
- Baby, você precisa dormir, então vou cantar para você, tá?
- Vai?
- Sim, eu não quero que sua mãe te pergunte amanhã por que você está com olheiras e você responda que foi porque passou a noite falando comigo. Eu tenho amor a minha vida.
Eu ri.
- Idiota.
- Idiota que você ama.
- Sim, e muito.
Ele riu.
- Também te amo, baby. Bons sonhos.
Eu sorri e ele começou a cantar Be Alright, me fazendo afundar na inconsciência.
- Acooooorda! É seu grande dia! Acoorda!
Abri os olhos e pisquei freneticamente até entender aquelas palavras. Era Claire me acordando.
- Quero dormir - protestei e me virei, agarrando-me num travesseiro.
- Não pode. Levanta!
- Você é muito chata, sabia?
Ela riu.
- Sim, sabia. Agora levanta que o Justin tá lá em baixo te esperando.
Aquilo me fez despertar; levantei e corri para o banheiro, escovei os dentes e tomei um banho rápido enquanto Claire ria como uma retardada.
Em seguida, me vesti e disparei porta a fora.
E lá estava ele, meu milagre pessoal. Um sorriso se espalhou pelo meu rosto assim que o vi.
Corri para seus braços, e ele me segurou junto de seu corpo, me beijando em seguida.
- Bom dia, baby - murmurou.
- Bom dia, amor.
- Feliz?
- Mais do que feliz. E você?
- Como poderia não estar?
Eu sorri.
- Cadê todo mundo? - perguntei.
- Tomando café da manhã.
- Ah! Isso é bom, estou com fome.
- Que novidade! - Ele revirou os olhos.
- Bobão, vamos - eu disse, puxando-o em direção a sala de jantar.
- Na verdade, tenho que ir para casa. Só vim ver como ficou tudo, e, claro, ver você.
- Sério? - Fiz um beicinho.
- Sim, futura Mrs. Bieber. Volto depois, tá? Daqui a pouco.
- Tá, né... Não vai me contar para onde vamos?
Ele riu.
- Não, e nem tente me convencer! É surpresa.
- Idiota, quero saber - eu disse, bagunçando o cabelo dele.
- Vai ficar querendo! Agora eu preciso ir, te amo.
- Te amo mais.
Ele sorriu e colocou as mãos na minha cintura, e me beijou.
- Impossível - disse e se foi.
Balancei a cabeça, rindo, e fui  até a sala de jantar.
Minha mãe, meus avós, minha tia, meu tio e Claire estavam sentados, comendo. Eu sorri ao ver a mesa povoada. Ela definitivamente ficava melhor assim.
- Bom dia! - exclamei e me sentei também. Um "bom dia" em conjunto soou da boca de todos eles.
- Como está se sentindo, querida? - perguntou minha mãe.
- Bem.
- A decoração está pronta, você precisa ir lá ver - disse minha tia, Maggie.
- Vou sim.
- O Justin já foi? - perguntou Claire.
- Sim.
- Que horas ele volta? - questionou minha mãe.
- Não sei.
- Como assim? Ai meu Deus, se ele atrasar...
- Mamãe, calma. Está mais nervosa do que eu.
Ela respirou fundo.
- Certo, certo. Aliás, coma logo. Você precisa ver a decoração e depois SPA.
- Vamos ao SPA?
- O SPA veio até nós.
- Quanto exagero. Terminei
- Certo, então vamos.
Nos levantamos e seguimos para fora. Claire nos seguiu, e eu vi minha avó materna piscar para mim como se quisesse dizer "Vai dar tudo certo." Eu sorri para ela.
Assim que chegamos, minha boca se abriu lentamente. Eu me sentia dentro de um cenário de filme. É claro que já tinha visto antes, mas haviam acrescentado coisas.
Cadeiras brancas estavam enfileiradas sobre a superfície, de frente para uma treliça branca em que eu e Justin trocaríamos os votos. Havia flores por toda parte.
- Ai meu Deus! - exclamei.
- Gostou? - perguntou minha mãe, apreensiva.
- Se eu gostei? Me sinto dentro de um filme. Eu adorei. É incrível. Nunca vi melhor.
Ela suspirou, claramente aliviada.
- Obrigada.
- Está mesmo incrível, mãe. Eu nunca seria capaz de montar isso sozinha. Parabéns.
- Obrigada. - Ela me abraçou animada, como era bom vê-la feliz.
- Concordo, tia. Está lindo.
- Obrigada, Claire. Mel, chegou sua hora.
- Hein?
- Seu dia está começando. Vem comigo.
Uni as sobrancelhas, mas a segui. Claire sorriu para mim e continuou admirando o local da festa.

[...]

Minha mãe não estava brincando.
Eu perdi as contas de quantos massagistas, manicures, maquiadores e cabeleireiros passaram por mim. Meu cabelo estava arrumado num penteado perfeito (cliquem >aqui<), minhas unhas estavam perfeitamente pintadas de branco e meu rosto estava impecável por conta dos milhares de produtos usados. O véu, enorme como a cauda do vestido, era prendido por uma presilha de diamantes. Sem contar no sapato, que apesar de não aparecer, era lindo (cliquem >aqui e aqui<).
Encarei meu próprio rosto diante do espelho. Os lábios, cobertos por um gloss rosado, se abriram lentamente com a surpresa da imagem refletida. Pisquei duas vezes, apenas para perceber a suavidade impecável da maquiagem em meus olhos (cliquem >aqui<).
E o vestido (cliquem >aqui<). Eu não sabia descrever como me sentia dentro dele. Era único.
Não tinha como negar. Eu estaria mentindo se dissesse que me achava feia naquele exato momento, porque eu estava linda.
- Não vou chorar, não vou chorar, não vou chorar. - Minha mãe repetia para si mesma, enquanto piscava freneticamente e abanava os olhos com as mãos como se aquilo fosse levar as lágrimas embora.
Eu ri. Mães!
- Melanie. - Ela se aproximou de mim, colocando uma mão em cada um dos meus ombros. - Você está linda.
- Obrigada, mãe.
- Eu tenho muito orgulho de você. E sei que vai ser muito feliz. Você e Justin nasceram um para o outro, e disso não há dúvidas.
- Obrigada - repeti, uma lágrima rolando pelo rosto. Minha mãe a limpou.
- Não há de quê. Ora, deixe a choradeira para depois.
- Você está perfeita, Mel - disse Claire.
- Obrigada, Claire.
- Vamos indo. Você entra em 5 minutos, ok?
- Ok.
Ela beijou minha testa e se foi.
Me olhei no espelho de novo.
Caralho, eu ia me casar. Eu não devia estar com medo? Dizem que as noivas sentem medo. Mas a única coisa que eu conseguia sentir era uma felicidade imensa e uma pitada de nervosismo.
Me preparei psicologicamente e abri a porta. Andei um pouco, e ouvi uma exclamação geral assim que apareci no topo da escada da varanda.
Desci as escadas cuidadosamente, encontrando meu avô no final da escada.
- Você está linda, querida.
- Obrigada, vô.
Eu sorri também e dei o braço à ele.
Jazzy e Jaxon estavam lá também. Jazzy de vestido e Jaxon de terno. Eles estavam a coisa mais linda do mundo.
- Mel! Você está muito linda! - disse Jazzy.
- Obrigada, meu anjo. Você está uma princesa. E você está lindo, Xon.
- Obrigada. - Ele sorriu e eu tive vontade de apertar suas bochechas.
A música começou a tocar, então eu respirei fundo e comecei a andar.
Enquanto dava o segundo passo em direção ao altar, eu olhei para Justin. Ele não estava bonito, lindo, maravilhoso ou perfeito. Nenhuma palavra poderia descrevê-lo. Ele estava sensacional. O contraste do preto com sua pele branca o fazia parecer um anjo. Eu sorri para ele, e ele sorriu de volta.
Percebi também que Niall estava no altar; e fiquei imensamente feliz ao constatar isso. Ele era um dos padrinhos, e eu não tinha certeza que ele viria.
Sorri para os convidados enquanto andava até Justin. Foi um tempo curto, e, como ensaiado e conforme todas as regras formais de casamento, eu e meu avô paramos um pouco antes do altar. Justin desceu os degraus e cumprimentou meu avô com um abraço.
- Cuide da minha menina, certo?
- Eu prometo. - Justin sorriu e me ofereceu o braço. Eu encaixei o meu no dele e subimos no altar.
O pastor leu um trecho da Segunda Carta aos Coríntios, e depois eu e Justin dissemos votos que havíamos escrito em conjunto. Prometemos paciência quando era fácil ser impaciente e honestidade quando era fácil mentir.
- Eu vos declaro marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva.
Eu e Justin nos viramos. Eu o encarei, e só então minha ficha caiu.
Ele era meu, aquela criatura divina era minha. Não havia como acreditar.
- Eu te amo - disse ele.
- Eu te amo - respondi.
Ele sorriu e se inclinou para me beijar.
E de repente não havia mais ninguém ali. Eu não sentia nada além do meu coração pulsando forte. Eu só enxergava ele, ou melhor: não enxergava, sentia.
Depois da cerimônia, eu estava mais interessada em cumprimentar os convidados do que em tirar fotografias. O jantar foi servido e então o local foi transformado numa incrível pista de dança, mas antes, algumas pessoas subiram no pequeno palco para fazer seu discurso. Minha mãe, Pattie, Jeremy e muitas outras fizeram seus pequenos discursos. Justin foi o penúltimo, pois a última seria eu.
- Eu gostaria de agradecer a presença de todos vocês aqui, não há como explicar a alegria que sinto ao compartilhar esse momento tão importante com cada um de vocês. Sabe, é algo extraordinário quando encontramos alguém que nos faz sorrir apenas com um gesto, alguém que você ama cada detalhe e percebe que não há como viver sem eles. E eu encontrei, encontrei Melanie, com quem a partir de hoje vou começar uma vida nova. Então eu gostaria de propor um brinde a minha linda esposa. Você sabe, baby, ninguém vai amar outra pessoa como eu amo você.
Eu sorri enquanto todos brindavam a minha volta. Levantei-me e subi no palco.
- Obrigada por estarem aqui, obrigada por virem e participarem do dia mais importante da minha vida. Bom, num passado distante, eu nunca imaginaria que estaria me casando com a pessoa que eu considerava meu melhor amigo. Mas o tempo passa, as coisas mudam, e eu acabei descobrindo que você é exatamente a pessoa certa para mim, Justin. Você me apoiou quando eu precisei, sempre esteve lá para mim, e sei que agora não vai ser diferente. Obrigada por completar a minha vida. Não há como descrever o que eu sinto por você, então um brinde ao nosso futuro. Ninguém jamais amou alguém como eu amo você.
O brinde foi realizado e então eu dancei com o Justin, com meus amigos, Phe e outras milhares de pessoas mais. Niall tinha desaparecido, e Phe me disse que não sabia onde ele estava, mas depois de um tempo, ele apareceu. Ele me chamou para dançar e eu fui.
- Eu pensei que você não vinha. Obrigada por vir.
- A festa não teria graça sem mim.
- Idiota. - Revirei os olhos.
- Mas acho que esqueci de dizer uma coisa...
- O quê?
- Parabéns.
Eu sorri.
- Obrigada.
- Você está linda. Não é só a noiva mais deslumbrante que eu já vi na minha vida, é a mulher mais deslumbrante que já vi na minha vida.
Eu baixei a cabeça, corando.
- Obrigada.
Ele riu para si mesmo.
- Que foi? - perguntei.
- Teoria comprovada.
- Que teoria?
- Eu nunca vou deixar de amar você.
- Hã, Niall...
- Eu sei. - Ele riu. - Não é o momento mais oportuno para dizer uma coisa dessas, afinal você está se casando. Então eu espero que você seja a pessoa mais feliz do mundo e tenha 6 filhos.
Eu sorri.
- Obrigada.
Quando terminei de dançar com ele, Justin me puxou para dançar de novo. Meus pés já estavam doendo.
- Como é se sentir a Sra. Bieber? - perguntou ele.
- Bobinho.
- Já está quase na hora de irmos.
- Tudo que é bom dura pouco, não é?
- Isso é só o começo, baby. - Ele piscou para mim e eu ri.
- Acabo de descobrir que me casei com um idiota.
- Isso não é novidade para ninguém.
- Ah, é verdade.
Ele riu novamente.
- Quem vai apagar a luz hoje a noite?
- Você, óbvio! Eu apaguei da última vez!
- Mentira! Eu apaguei!
- Não foi!
Ele parou um momento.
- Quer saber?
- Hã?
- Apagar a luz não é a parte mais importante. - Ele sorriu maliciosamente.

[...]

Eu aproveitei cada segundo que pude, mas chegou a hora de eu e Justin irmos embora. Me vesti, colocando um vestido azul escuro com um casaco por cima, meia calça e sapatos de salto pretos. Eu não sabia para onde íamos; era surpresa. Eu imaginava algo como... sei lá, eu não tinha ideia de para onde íamos viajar.
Me despedi de todas as pessoas que pude e entrei no carro com Justin. Quem dirigia era o Kenny. Depois, pegamos dois aviões até o lugar que eu não sabia onde era. Tudo isso levou cerca de 8 horas. Eu dormi no avião, era verdade que eu estava morrendo de cansaço. Justin dormiu também. Quando chegamos, era de noite. Justin me levou até uma casa, e minha mão voou para a boca de pura surpresa quando vi que era de frente à praia.
- Bem-vinda do Havaí, baby.
- HAVAÍ? - Meus olhos se arregalaram. - Não pode ser! Isso é incrível! Ai meu Deus!
Ele riu.
- Gostou, né? Eu sabia que ia gostar.
- Você sabe que meu sonho é conhecer o Havaí.
- Sonho realizado.
Eu sorri, e me aproximei para beijá-lo. Coloquei minha mão em sua nuca e encostei delicadamente meus lábios nos seus. Eles se moveram numa suavidade impecável, era um beijo calmo e sereno - um beijo carregado de amor. Eu não tinha medo do futuro, não quando o tinha para cuidar de mim.
- Essa casa é sua?
- Eu comprei.
- Você é maluco. - Dei um tapinha no pescoço dele.
- Opa, deixa a selvageria para depois.
Eu ri.
- Com prazer.
Ele riu também e me beijou novamente. Em seguida, passou os braços por mim e me tomou no colo.
- Ei! O que está fazendo?
- Te carregando para dentro de casa ué, não é isso que eu devo fazer?
- Clichê desde sempre.
- E para sempre.
- Jura?
- Sim, amor. - Ele cheirou meu pescoço e andou para dentro da enorme casa comigo.
As paredes da sala eram de vidro, e a escuridão que penetrava naquele lugar tria me feito medo se eu não tivesse os braços mais protetores do mundo me envolvendo. Além da luz interna e dos abajures a claridão da lua iluminava o ambiente e deixava tudo digno de um filme.
Justin me colocou no chão e beijou-me de novo. Não havia nada melhor do que sentir o gosto de seus lábios, sua pele ascendendo a minha e suas mãos passeando pelo meu corpo.
- Vou levar as malas para o quarto - murmurou ele quando nossos lábios se desvincilharam.
Eu sorri e o segui enquanto ele andava pela casa, e afinal porque diabos ele tinha comprado aquilo?
Ele finalmente abriu uma porta e minha boca se abriu ao ver o quarto exageradamente luxuoso em que íamos ficar.
- Que exagero! - exclamei enquanto ele colocava as malas no closet.
- É porque você ainda não viu o outro quarto.
- Outro quarto? Mas pra quê?
- Prevenção ué, e se a gente quebrar essa cama?
Eu ri.
- Tão idiota.
- Tão linda.
- Tão mentiroso. Aliás, preciso de um banho.
- Eu também. Economize água, tome banho comigo.
- Não, senhor. Eu sei que deve ter outro banheiro por aí, eu vou nesse - apontei para o banheiro que ficava no quarto -, e você vai em outro e fica me esperando na cama.
- Porquê? - Ele fez um biquinho.
- Porque sim. - Eu ri e fui até o closet, pegando na mala o que ia precisar e andando até o banheiro.
- Isso é tortura Melanie!
- Você ainda não viu nada!
Fechei a porta e ouvi o riso abafado dele, naquele momento eu só tive vontade de sair correndo e empurrar ele para a cama e fazer sexo loucamente.
Tomei um banho rápido e vesti a lingerie que tinha comprado para usar aquela noite. Fiz uma careta ao me olhar no espelho; não estava sexy, definitivamente não.
Abri a porta e o avistei deitado na cama com o rosto apoiado na mão. Seus olhos se arregalaram assim que ele me viu.
Sentindo-me uma completa idiota, eu mexi no cabelo da forma mais sexy que consegui e molhei os lábios.
Ele se levantou e veio até mim, imprensando-me na parede e alisando minha coxa enquanto beijava meus lábios.
- Você é muito gostosa. Isso é demais para mim, Melanie - ele sussurrou no meu ouvido e distribuiu beijos pelo meu pescoço, fazendo eu me arrepiar.
- É tudo para você, baby.
Ele me beijou de novo, mas furiosamente dessa vez. Era quente e de repente havia fogo em toda parte, porque ele estava em toda parte. Suas mãos reconheceram a minha pele, queimando-a. Seus lábios sentiam o gosto de cada centímetro dos meus. Minhas mãos se emaranharam nos cabelos dele, puxando-o para mim como se houvesse algum meio possível de ficarmos mais perto. Minhas pernas se enrolaram na cintura dele, a parede fazendo o apoio de que eu precisa. Sua língua se contorcia com a minha, e não havia parte da minha mente que não fosse invadida pelo desejo insano de que ele me possuísse.
(trecho de The Host)
Ele desvencilhou sua boca da minha e apertou os lábios contra a minha orelha outra vez.
- Você é minha! - Aquilo soou extremamente sexy nos meus ouvidos, sua voz rouca me deixou excitada.
- E você é meu.
Seus lábios atacaram os meus novamente.
Ele me carregou até a cama, me jogando quase que selvagemente na mesma e arrancando a lingerie que estava em meu corpo. Seus lábios estavam em meu pescoço, e é claro que eu já estava molhada.
Ele deixou meu pescoço e beijou-me e novo. Nós éramos totalmente dominados por nossos instintos, não havia nenhuma parte minha que não estivesse fundida com alguma parte dele.
Suas mãos passeavam pelo meu corpo, minhas unhas arranhavam suas costas e o calor de sua pele contra a minha já tinha virado chamas.
Ele arrancou a meia que ainda estava em minha perna e desceu os lábios para meus seios e os chupou com uma vontade que eu nunca tinha visto. Tirou minha calcinha e desceu mais ainda, explorando minha intimidade com a língua e me fazendo ir ao paraíso. Depois, penetrou dois dedos na minha intimidade enquanto eu gemia.
Ele me masturbou loucamente por algum tempo, eu gozei rápido. Então ele penetrou seu membro em mim; não demorou nem dois minutos para eu ter orgasmo. E depois outro.
- Fica de quatro pra mim, princesa - ele sussurrou no meu ouvido e eu o obedeci, e ele penetrou em mim outra vez. Ele deu um tapa leve no meu bumbum, e eu percebi que devia ter mesmo levado a sério quando ele disse "deixe a selvageria para depois".
Sei lá quanto tempo nós ficamos naquela insanidade, só sei que no final eu estava completamente esgotada. Minha cabeça pousava em seu peitoral enquanto seus braços me envolviam.
- Eu te amo muito - murmurou ele no meu ouvido. - E me sinto o homem mais feliz do mundo por ter você como minha mulher.
- E eu me sinto a mulher mais feliz do mundo por ter você como meu homem. - Eu sorri. - Te amo mais do que você pode imaginar.
- E vamos ter muitos filhos, não é?
- Muitos e muitos filhos.
- E vamos ficar velhinhos um do lado do outro, certo?
- Certíssimo.
Ele beijou minha testa.
- Eu quero 12.
- 12 o quê?
- 12 filhos.
- Quê? 12 é muito, Justin, não dá.
- Claro que dá, vontade de fazer é o que não me falta.
Eu ri.
- Mas a gente acabou de fazer sexo.
- Vamos fazer 5 vezes por dia agora, né?
- Meu Deus, você não falou disso antes da gente casar.
- Claro, vai que você desistia.
- Bom... Até que eu gostei da ideia de 5 vezes por dia.
- Ou 6.
- Ou 7.
- Ou 8.
- A gente pode passar nossa vida fazendo isso.
Ele riu e alisou minha coxa.
- Te amo - murmurei enterrando o rosto em seu peitoral.
- Eu também te amo, e não é pouco.
Eu sorri e então ele me beijou. O silêncio predominou o quarto. Se passaram apenas alguns segundos e nós dormimos.
Acordei ainda envolvida em seus braços, mas ele já estava acordado, me observando. Nós ficamos nos olhando por algum tempo, como só dois bobos apaixonados sabem fazer.
- Bom dia - ele quebrou o silêncio e sorriu.
- Bom dia.
Ele deu um sorriso mais largo ainda e em seguida me beijou.
Seus lábios se moveram com os meus, era como um encaixe perfeito, parecia que tínhamos sido feitos para nos beijar.
- Amor? - eu disse.
- Hum?
- Promete que vai ser sempre assim? Que você vai me beijar todos os dias quando eu acordar? Promete para mim que nunca vai deixar de ser clichê?
Ele sorriu.
- Eu prometo.

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O próximo é o último ): que dor no coração gente.
Eu ficaria MUITO feliz se todas vocês comentarem nesse capítulo porque ele foi bem complicado para escrever, eu sei que demorei bastante para postar mas foi porque vocês não comentaram, e enfim não vou falar nada sobre isso porque o que eu tinha para falar, eu já falei.
Creio que com Forget Forever vai ser bem diferente, eu estou beeeeem animada para escrever essa nova fic e vou postar todo dia (ou quase), aliás postarei a sinopse amanhã, então fiquem de olho. E o que acharam do novo layout? Eu adorei o cabeçalho, foi a Sarah que fez, ficou lindo, então obrigada Sa <3
Aaah, e o que acharam da nova playlist? Só tem musicas a ver com a próxima fic e tal...

Divulgando:

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É isso, comentem por favor :/ me contem o que acharam dos detalhes e tals. E se quiserem conversar comigo ou divulgar seu blog venham >aqui<.
Mil beijos, amo vocês.