I will catch you if you fall - 47º capítulo

"Nosso amor foi feito para dominar o mundo." - Rule The World, Selena Gomez

E a vida seguiu.

Justin continuou sua turnê; ele viajava o tempo todo, mas sempre que tinha um tempo livre, ia me ver. Na verdade, ele queria que eu o acompanhasse, viajasse com ele e fosse em todos os shows, mas eu não queria. Usei as gravações do filme como desculpa, mas a verdade era que eu não queria me intrometer. Eram momentos dele e das fãs dele, e eu não queria estragar nada.

Sim, eu disse gravação do filme. Dá pra acreditar que eu virei atriz? Não, não dá. Minha mãe chegou em casa um dia me dizendo se eu não gostaria de interpretar um filme, pois estavam procurando alguém para interpretar o papel principal de um. Eu aceitei fazer o teste, mas na minha cabeça eu nunca ia conseguir, porque nunca tinha participado de nenhum filme, nem como figurante, só feito curso de teatro por alguns anos.
Mas para a minha enorme surpresa, eu consegui. Nunca entendi o motivo, ninguém consegue um papel fácil assim. Na verdade, eu sabia sim. Eu sabia que tinha obra da minha mãe por trás disso, e que se eu não fosse filha de quem era, jamais teria conseguido. Mas mesmo assim, eu fui lá, dei o melhor de mim, eu queria provar que merecia o papel.
Justin ficou louco, ele foi uma das pessoas que mais me apoiaram, ele me perguntava todos os dias como estavam indo as gravações. E eu me sentia útil, eu me sentia bem e descobri que tinha paixão por atuar.
Minha mãe passava o tempo todo planejando os detalhes do casamento com Pattie; ela queria algo memorável, segundo ela, o casamento do século. Eu não estava nenhum pouco surpresa, era óbvio que isso aconteceria, só achava fútil e exagerado demais.
Ah! E ela estava namorando. Ele era seu par romântico no último filme que havia feito, aliás filme que a fez ganhar um Oscar e quase morrer por isso, e foi assim que ela o conheceu. Ele se chamava Peter, e eu não podia negar que o achava legal e tudo mais. Ele era um amor, além de ser extremamente lindo (cliquem aqui).
Niall se mudou para Los Angeles, pois começou a fazer faculdade lá. Sua maior motivação foi eu ter voltado com o Justin, e quando soube que eu iria me casar, quase teve um ataque cardíaco. Eu lembrava bem do que havia lhe contado.
- Niall, eu tenho uma coisa para te contar para te contar - dissera eu, sentada no sofá da enorme sala de sua casa.
- Hmmm?
- Eu... Eu... Eu... Eu...
- Você o quê?
- Eu... Eu... Eu...
- Meu Deus, Melanie, o que foi?
- Eu... Eu vou me casar com Justin - consegui dizer, as palavras saindo atrapalhadas. Como se estivesse confessando um crime, como dissera Justin.
- Você... Você... Você... Você o quê?
- É isso.
- VOCÊ ESTÁ GRAVIDA?
- Claro que não! Cruzes! Por que todo mundo chega a essa conclusão?
- PORQUE NÃO HÁ NENHUM OUTRO MOTIVO VÁLIDO PARA SE CASAR AOS 18 ANOS! - Ele estremeceu.
- Há, sim.
- É mesmo? - perguntou, baixando o tom de vez. - Me diga qual é, então, porque eu desconheço.
- Amor.
Ele bufou e revirou os olhos.
- E para isso você precisa casar?/ Sabe o que é isso? Ca-sar?
- Por favor, Niall, nem minha mãe reagiu assim.
- Pois devia! Você está fora de si!
- Eu estou muito consciente, obrigada.
- Melanie... - choramingou ele.
- Eu sinto muito, Niall... Nós já conversamos sobre isso. Eu tenho certeza do que quero.
- Eu odeio isso. Mas... pense bem. Você só tem 18 anos, 18. Casamento é uma coisa séria.
- Eu sei, eu sei. Obrigada por se preocupar.
- Vai pensar?
- Eu não tenho no que pensar mais. Estou decidida.
Duas semanas depois, ele se mudou.
Eu me sentia extremamente culpada, e não podia negar que às vezes sentia falta dele.
Phe reagiu de uma forma diferente ao quesito casamento. Faça o que quiser, Melanie Stryder, dissera ela. Era óbvio que ele achava loucura, e como todas as pessoas, precipitado demais, e essas coisas todas. Mas o pior é que ele estava realmente chateado comigo. Meu melhor amigo chateado comigo, e não havia como reverter isso.
No meio dessa bagunça toda, eu só tinha certeza de que amava Justin, e de que queria me unir plena à ele. Casamento.
Não me parecia uma coisa tão abominável como era para as outras pessoas. Não quando se tem certeza do que sente.
Bom, aqui estou eu, um ano depois, em um hotel no Brasil. Ele estava dando entrevistas, e na noite seguinte seria o último show da Believe Tour. Ele fez questão de que eu viesse assistir o show, e eu não pode dizer não, afinal, era o último.
Era ótimo estar de volta; eu nasci aqui, afinal. As praias maravilhosas era o que eu mais sentia falta.
Agora eu assistia sua entrevista para a Ellen DeGeneres. Era inédita: Justin a gravou e em seguida viemos para o Brasil. E ele me dissera que tinha uma surpresa nela. Eu estava ansiosa. A entrevista estava quase acabando, e nada.
- Você disse que tem um anúncio para fazer, certo? - perguntou Ellen.
- Sim, certo.
- O que é?
Ele deu um sorriso malicioso enquanto passava a mão por seus dourados fios de cabelo.
- Bom... Eu vou me casar.
Me engasguei com a pipoca; eu não esperava ser isso. Agora o mundo inteiro sabia.
Por um milagre, aquele pedido de casamento na praia não tinha sido filmado nem divulgado. Mas é claro que já havia especulações; quando apareceram fotos minhas com aquele anel na mão, as fãs, as revistas e os programas de fofoca foram à loucura. Eu tentava não ler nada sobre isso, porque sempre havia um rumor estranho envolvido, do tipo "Melanie Stryder está obrigando Justin Bieber a se casar com ela" ou "Melanie Stryder está grávida de Justin Bieber e por isso Mary Stryder está os obrigando a se casar". Era totalmente estúpido e ridículo, e caralho eu odiava isso mas parecia que as matérias me perseguiam e eu não conseguia me livrar delas.
A boca de Ellen se abriu lentamente enquanto ela tentava processar aquelas palavras.
- O quê? - disse ela por fim.
Justin riu.
- É isso, eu vou me casar.
- Oh! Oh my God! Certo, eu não esperava por isso. Mas... Parabéns. Eu espero que vocês sejam muito felizes.
- Obrigado, Ellen.
Assisti o resto da entrevista, ansiosa para que Justin chegasse logo. A coisa que eu mais odiava no mundo era ficar longe dele.
- Amor? - disse a voz mais linda do mundo.
Eu me virei, e encarei aquele par de olhos castanhos que pareciam brilhar só para mim. Ele tinha um sorriso no canto dos lábios.
- Amor! - exclamei, pulando do cama e o abraçando.
Ele riu e pôs a mão em minhas coxas e me levantou, de modo com que minhas pernas pudessem se enrolar em sua cintura.
- Que animação, parece que não me vê há séculos. - Ele selou nossos lábios.
- Odeio ficar longe de você.
- Eu também odeio. Viu a entrevista?
- Vi, e quase morri engasgada com a pipoca que eu estava comendo quando você disse disse: "Eu vou me casar." - respondi, tentando imitar seu tom de voz. Não deu muito certo.
Ele riu de novo.
- A Ellen ficou abismada.
- Quem não ficou?
- É, tem razão.
- Eu sempre tenho.
- Convencida.
- Idiota.
- Bobona.
- Chato.
- Linda.
O sangue começou a arder em meu rosto. Baixei a cabeça, mas ele levantou meu rosto com um dos dedos e me olhou.
- Você fica a pessoa mais linda do mundo quando está com vergonha.
- Não estou com vergonha.
- Está sim.
- Certo, certo. Eu estou.
Ele riu.
- Bobona, não precisa ter vergonha de mim.
- Não tenho vergonha de você. Qualquer pessoa que me elogiar assim vai me fazer ficar vermelha.
Ele fechou a cara.
- Que foi?
- Nada. - Ele comprimiu os lábios.
- Outch! Você é bipolar?
Ele riu.
- É que... Odeio saber que outras pessoas te elogiam. Você é minha. - Ele apertou minhas coxas para enfatizar e eu arfei.
- Ciumento.
- Ciume? Eu? Imagina.
Revirei os olhos.
- Você é o ciume em pessoa.
- Quem não sentiria ciume de você?
- Você é tão bobo, Justin.
- Você também é, e é por isso que somos o casal perfeito.
Eu sorri.
- Você já ouviu falar numa tal praia de Copacabana? - ele perguntou, seu sotaque tornando a palavra "Copacabana" engraçada.
- Copacabana? Sim, Justin - eu respondi rindo.
- Do que tá rindo?
- Do seu sotaque.
- Bobona. Mas como é lá?
- Onde?
- Copacabana.
Eu ri mais ainda.
- Se você não parar de me zoar eu vou te derrubar no chão - ele resmungou.
- Ok. É maravilhoso lá, Justin.
- Eu quero ir.
- Então vamos. - Eu sorri.
Ele sorriu também e me beijou.
Em seguida, eu me arrumei (cliquem aqui) e Justin também. Fomos à praia. Eu me senti extremamente bem ao colocar os pés naquela areia e novo. A única coisa que me deixava desconfortável era o fato de precisarmos de seguranças.
- Por quê vão colocar grades? - perguntei ao Charlie, meu segurança, assim que cheguei na praia. Justin me abraçava de lado e beijava meu pescoço como se fossemos os únicos ali presentes.
- Desculpe Mel, mas o Kenny acha melhor assim porque senão vão aparecer um monte de fãs e tentar agarrar vocês.
- Eles não fariam isso...
- Amor, eles são brasileiros. - Justin mordiscou meu pescoço enquanto eu ria.
- Justin, para, estamos em público.
- Mas você é gostosa, amor.
- Epa, epa, epa! Eu ainda estou aqui! - Charlie protestou.
- Desculpe, Charlie, mas parece que temos uma pessoa louca por mim aqui - eu brinquei.
- Eu acho que... - Charlie começou, mas meus risos o interromperam enquanto Justin me pegava no colo.
- O que você está fazendo?
- Eu prometi que nunca ia soltar você, estou cumprindo minha promessa.
- Eu não sabia que era tão literalmente assim!
- Mas é.
- Amor, me põe no chão, por favor.
- Me chama de amorzinho que eu coloco.
Charlie riu, revirou os olhos e saiu dali.
- Como você é meloso!
- Vai me dizer que não gosta?
- Até que eu gosto sabe. - Dei um tapinha no pescoço dele. - Amorzinho, me põe no chão, por favor.
- Hã, com licença...? - uma voz masculina interrompeu.
Me virei e analisei um garoto de olhos azuis que me encarava com um sorriso no canto dos lábios.
- Uh, sim? - eu falei enquanto Justin me colocava no chão. Era ótimo saber falar português.
Justin arqueou as sobrancelhas tentando entender o que dizíamos.
- Poderia tirar uma foto comigo, Melanie? Hã, eu sou um grande fã seu.
- Ah, que amor! É claro que sim. Você tira, Justin?
- Claro. - Ele sorriu enquanto o garoto lhe entregava uma câmera.
Nós sorrimos para a câmera e Justin tirou a foto.
- Obrigada! - agradeceu o garoto antes de ir embora.
- Não há de quê. - Eu sorri e ele se foi.
- Nossa, já sei de onde vem sua formosura, amor. Caramba, quanta mulher bonita - encantou-se Justin.
O fuzilei com os olhos.
- Vai lá com elas. Vai. Pode ir.
Ele riu.
- Bobinha, você sabe que eu só quero você. - Ele me puxou pela cintura, aproximando nossos rostos.
Virei a cara.
- Não, pode ir com as mulheres bonitas.
- Depois o ciumento sou eu. - Ele riu de novo, me puxando mais ainda para perto de si. Eu tentei resistir, porra, eu juro que tentei, mas seus lábios eram beijáveis demais para que eu desviasse os olhos.
Ele me beijou.
O resto da tarde se resumiu em mar, beijos e risadas. Eu o fiz tomar água de coco, acredita se eu disser que ele nunca tinha provado? Foi uma tarde perfeito, mas eu duvidava que podia deixar de ser, uma vez que Justin estava lá.
Voltamos para o hotel e estávamos zapeando pelos canais da TV até encontrar um filme que eu não sabia o nome, mas tinha a Megan Fox no papel principal.
- Ela é muito linda - comentei.
- Eu não acho tanto assim. Ela é artificial.
- Nossa, Justin, você é um viado.
- Vou te mostrar o viado.
Ele riu e se levantou do meu colo, me empurrando na cama enquanto me beijava loucamente.
Entrei em sintonia com ele em apenas alguns segundos. Seu corpo colado no meu me deixava completamente maluca. Eu o puxava para mim numa tentativa desesperada de ficarmos mais próximos. Eu estava de vestido, então ele o arrancou numa rapidez que eu pensava ser impossível. O ajudei a tirar sua blusa e alisei seu abdômen nu. Desci a mão um pouco mais e desabotoei seu short, que ele jogou em qualquer canto daquele quarto enorme. Ele rasgou minha calcinha, e eu ri disso mas seus lábios estavam nos meus de repente, me impedindo de emitir qualquer som que não fosse uma tentativa de procurar ar. Ele colocou um dedo na minha intimidade, e logo colocou o outro. Eu gemi baixinho no ouvido dele.
- Quem é viado agora, hein? Quem é? - ele provocou com aquela voz sexy fazendo eu gozar apenas por isso.
Ele sorriu maliciosamente e tirou seus dedos de dentro de mim. Eu arranquei sua cueca e ele penetrou seu membro em mim.
- Ow, Justin, aw... - eu gemi.
- Geme meu nome, delícia. Vai, geme!
Eu não sei quanto tempo aquilo durou.
Justin me disse que iríamos jantar, então eu tomei um banho e me arrumei (cliquem aqui). Balancei os cachos do meu cabelo que estavam mais escuros agora, peguei minha bolsa e fui até o quarto, onde Justin estava sentado esperando.
- Terminou?
- Sim. O que achou?
- Sabe que nunca vou me acostumar com sua beleza, Mel. Aliás, eu prefiro seu cabelo dessa cor.
- Você já disse isso.
- Eu sei. - Ele sorriu. - Vamos?
- Vamos.
Nós fomos ao  Antiquarius, um restaurante que eu nunca havia frequentado. Para a nossa surpresa, nosso garçom era exatamente o mesmo garoto da praia. Ele sorriu como uma criança que acaba de ganhar um doce ao me ver.
Quando estávamos quase indo embora, Justin foi ao banheiro, me deixando sozinha na mesa. O garoto que dissera que seu nome era Victor se aproximou da mesa.
- Srta. Stryder? - ele perguntou numa voz calma e doce. Eu me virei para olhá-lo.
- Sim? Pode me chamar de Melanie.
- Uh, eu quero te pedir uma coisa, mas certamente estou com vergonha.
- Pode dizer.
- Tem como você me passar seu número?
- Oh, eu não posso, sinto muito. Sabe como é...
- Não, tudo bem. - Ele sorriu. - Obrigada pela atenção.

Justin narrando

Passando as mãos pelo cabelo ao sair do banheiro, avistei Melanie conversando com o garçom. Ela sorriu de um jeito tão sincero para ele que fez uma pontada de ciúme me atacar. Ele sorriu de volta e saiu.
- O que ele queria? - perguntei ao me sentar.
- Meu telefone.
- Seu telefone? Como assim?
- Meu telefone, ué. - Ela respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.
- Você passou?
- Claro que não.
- Melanie!
- Que foi?
- Ele não pode pedir seu telefone!
- Claro que pode.
- Ugh. Eu odeio isso.
- O quê?
- Quando eu saio contigo simplesmente todo mundo fica dando em cima de você e você age como se fosse uma coisa normal.
- Ele não deu em cima de mim, ele pediu meu telefone.
- E você acha que ele não ia ficar te cantando por mensagem?
- Qual é o seu problema?
- Você!
Ela ergueu as sobrancelhas e eu me arrependi instantaneamente do que tinha dito.
- Ótimo - ela respondeu e se levantou, os olhos cintilando de fúria. Girou em seus saltos Louboutin e saiu dali.
- Merda! - resmunguei comigo mesmo.
Rapidamente pedi a conta, paguei e fui atrás dela. Ela estava no carro, os braços cruzadas sob o peito.
- Baby...
- Não fale comigo.
- Eu sinto muito...
- Cale a boca.
Aquelas palavras me fizeram parar. Eu encarei seu rosto e me virei, amaldiçoando-me por ter magoado a coisa mais importante que tinha na minha vida.
Quando chegamos no hotel, ela subiu pelo elevador e eu pelas escadas. Entrou no banheiro e tomou um banho, depois deitou-se na cama sem sequer olhar para o meu rosto.
- Melanie.
Nenhuma resposta.
- Melanie.
Nada.
- Melanie.
- O que você quer?
- Quero dizer que eu sinto muito.
- Ótimo, você já disse isso.
- É sério.
- Ok.
- Mel...
- Eu sou seu problema, não sou? Então pronto.
- Não. - Eu subi em cima da cama e em seguida em cima dela, controlando meu peso e entrelaçando minhas mãos nas dela. - Você é a solução.
Ela deixou um sorriso bobo pintar o canto de seus lábios.
- Vai me dizer que ainda está brava?
 - Sim.
Eu lhe dei um selinho.
- E agora?
- Um pouco.
Eu beijei seu pescoço, fazendo ela se arrepiar.
- E agora?
- Me fode, Justin.
- É pra já.
E mais uma briga terminou em sexo.

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Agora só faltam dois capítulos, nhonhonho ): Eu chorei escrevendo o último.
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