I will catch you if you fall - 46º capítulo

"Perdê-lo foi azul como eu nunca soube. Sentir a falta dele foi cinza escuro, totalmente só. Esquecê-lo foi como tentar conhecer alguém que você nunca encontrou, mas amá-lo foi vermelho. Amá-lo foi vermelho" - Red, Taylor Swift

Melanie narrando

Eu pensei que meu coração fosse sair pela boca. Meu sangue congelou totalmente, e eu não sabia o que estava sentindo naquele exato momento. Havia tantas coisas que eu queria dizer à ele, coisas carregadas de romantismo e caretice, coisas parecidas com aquelas que eu só tive coragem de colocar para fora no dia em que fomos sequestrados.

Eu não conseguia falar, não conseguia responder, eu estava apenas fascinada demais por aquele momento e desejando que ele durasse para sempre. Eu ainda estava de boca aberta o encarando, pensando em como era a pessoa mais sortuda por ter ele para mim.

- Hã... amor? Dá pra responder logo? É que assim, a areia tá roendo meu joelho - ele disse com um sorriso no canto dos lábios.

Então eu ri, eu não conseguia fazer outra coisa além de rir. Ele fez uma careta e eu me abaixei, passando os braços em volta de seu pescoço.

- É claro que eu aceito!

Ele sorriu e colocou o anel do dedo. Se encaixou perfeitamente.

Ele me beijou, daquele jeito delicado e selvagem que só ele conseguia. Ele prendeu meu lábio inferior entre os seus e puxou-o delicadamente. Então seus lábios pressionaram os meus com mais força ainda. Sua língua pediu passagem e eu cedi.

Sua mão desceu pelas minhas costas até chegar em minha cintura.

- Eu te amo - eu disse.

- Seria clichê demais se eu te dissesse que te amo mais?

Eu sorri.

- Gosto das coisas clichês.

- Sendo assim, eu te amo mais.

- Isso é impossível.

Ele riu.

- Está feliz? - perguntou, pegando minha mão e alisando o anel ali.

- Tenho certeza que não existe ninguém mais feliz no mundo do que eu nesse momento.

- Pensei que não ia aceitar, demorou muito para responder.

- Eu não sabia o que dizer.

- Que tal um "sim"? - Ele riu.

- Idiota, eu fiquei sem reação, tá legal? Parece que eu estou dentro de um filme. Ou sonhando. Me diz que eu não vou acordar? - Apertei o braço dele. - Me diz?

- Bobinha, isso aqui é a nossa realidade. Eu nunca vou deixar você ir embora dela.

- Você jura? Promete?

- Juro de dedinho. - Ele ergueu seu dedo mindinho e eu encaixei o meu no dele, sorrindo como uma idiota.

- Eu amo tanto você que às vezes tenho medo de explodir, sabia? - admiti.
- Eu estava com muitas saudades suas baby, eu preciso te beijar, te abraçar e te morder o tempo todo para compensar os dias que fiquei longe de ti.
Eu pousei minha cabeça em seu peitoral e passei os braços por seu pescoço.
- Obrigada por existir.
Ele sorriu e me beijou novamente.
Nós passamos mais ou menos umas duas horas lá na praia, rindo que nem idiotas e matando aquela saudade que nos corria.
- Eu prefiro você com o cabelo molhado e sem maquiagem - disse ele enquanto ligava o carro.
- Que mentira, eu fico feia sem maquiagem Justin.
Ele revirou os olhos.
- Vou fingir que não ouvi essa. Certo, como sou uma pessoa totalmente clichê, creio que devo pedir sua mão à sua mãe.
Engoli em seco. Eu não tinha certeza da reação da minha mãe quanto a isso.
- Sim. Eu espero que você entenda se ela lhe der um tiro.
Ele riu.
- É, eu vou entender. Muito perigoso.
- Literalmente.
- Se ela for me matar você me faz um sinal e eu saio correndo ok?
Eu ri.
- Idiota, idiota, idiota.
- Talvez... Mas vamos?
- Vamos.
Meu estômago se agitou. Como eu iria falar isso? "Mãe, vou me casar com Justin.". Era impossível.
- Está com medo? - perguntou ele.
- Não - menti.
Ele me olhou com uma expressão tipo "Eu sei que você está mentindo.". Suspirei.
- Certo. Estou.
- Medo de casar?
- Não. - Balancei a cabeça. - Medo da minha mãe.
- Vai dar tudo certo.
Suspirei novamente, tentando acreditar nas palavras dele. Nós entramos em minha casa, mas minha mãe não estava na sala nem em nenhum lugar. Perguntei à um dos empregados, mas eles me disseram que ela havia saído. Justin e eu acabamos no quarto, sentados na cama e esperando ela.
- Ótimo... Isso adia um pouco a sua morte.
Ele riu e se aproximou de mim. Estendeu os braços e pegou minha mão, que segurou entre as suas por um instante. Em seguida, passou lentamente os dedos da sua mão esquerda no meu braço, do punho até o ombro. Com a mesma lentidão, ele fez o caminho de volta. Estremeci ao prazer do mero toque.
- Eu gosto disso - murmurei.
- Eu sei. Você fica arrepiada, olha.
A mão dele subiu e desceu pelo meu braço novamente. Justin ficou olhando para a pele do meu braço em vez de para o meu rosto, observando os arrepios que se formaram ao longo do caminho dos seus dedos.
Ele sorriu e soltou meu braço delicadamente, então depois me puxou pela cintura de modo que minhas pernas que já estavam em cima da cama pudessem se prender em sua cintura. Ele encostou seus lábios nos meus e nós iniciamos um beijo calmo que logo ficou mais quente e mais selvagem. Não havia mais nada além de sentimentos, e de repente éramos como uma centelha de gasolina - inevitável.
Nossos corpos foram se colando como se houvesse algum meio possível de ficarem mais perto. Nós assumimos um ofegar louco mas não nos preocupamos em procurar ar.
- Mel? Uh, desculpe! - disse a voz familiar de minha mãe, interrompendo tudo.
Minhas pernas se afrouxaram da cintura de Justin, assim como as minhas mãos de seu pescoço. Ele desvencilhou seus lábios dos meus.
- Me disseram que você estava procurando por mim, eu não imaginei que você estavam... Ér...
- Tudo bem, mãe - eu disse colocando minhas pernas para fora da cama.
Ela suspirou, claramente envergonhada.
Então eu lembrei do que tinha para falar para ela. Minhas mãos suaram frio.
- Boa noite, Sra. Stryder - Justin disse com um sorriso safado nos lábios. Ele devia estar adorando aquilo, aquele garoto era um sem-vergonha.
- Boa noite, Justin. Eu sei que já pedi para que me chame de Mary.
- Mãe... sente-se - eu disse agoniada, e gesticulei para a poltrona que havia ali.
Ela ergueu uma sobrancelha.
- Por quê?
- Temos uma boa notícia - disse Justin.
Ela crispou a testa, mas andou até a poltrona e se sentou.
- Certo, o que é? - perguntou.
Eu me encolhi junto de Justin. Não fazia ideia de como dizer aquilo.
Um silêncio predominou o quarto.
- O que diabos vocês tem para me contar? Digam logo.
Silêncio de novo.
- Melanie, você está grávida? - explodiu ela, levantando-se e fuzilando Justin com os olhos. - MÃE AOS 17? VOCÊS NÃO CONHECEM CAMISINHA? OLHE PARA MIM! ACHA MESMO QUE EU TENHO IDADE PARA SER AVÓ? GAROTO, EU VOU MATAR VOCÊ! E VOCÊ TAMBÉM, MELANIE STRYDER! NÃO POSSO CRER QUE VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA!
- Mãe, mãe, mãe, eu não estou grávida! Acalme-se.
A expressão dela clareou.
- Ah, certo, me desculpem. - Ela sentou na poltrona de novo.
Justin começou a rir, como aquele moleque era retardado. Acabei rindo também, e minha mãe só continuou a nos encarar seriamente.
- Não vão me dizer o que é?
Houve uma longa pausa. Depois de algum tempo, percebi que todos esperavam que eu dissesse alguma coisa. Tomada de pânico, olhei para Justin. Não havia como eu conseguir pronunciar as palavras.
Ele sorriu para mim, endireitou os ombros e se virou para a minha mãe.
- Bom, percebo que estou tratando disso da forma errada. Por tradição, eu devia lhe pedir primeiro. Não é minha intenção desrespeitá-la, mas uma vez que Mel já disse sim e eu não quero diminuir sua decisão a esse respeito, em vez de lhe pedir a mão dela, estou lhe pedindo sua benção. Nós vamos nos casar, eu a amo mais do que qualquer coisa no mundo, mais do que minha própria vida e... Por um milagre... Ela me ama da mesma forma. Você nos daria sua benção?
Ele parecia tão seguro, tão calmo. A confiança era absoluta em sua voz.
E depois vi a expressão de minha mãe, os olhos agora fixos no anel.
Prendi a respiração enquanto sua pele mudava de cor - do branco para o vermelho, do vermelho ao roxo, do roxo ao azul.
Suspirei. Eu sabia que devia estar esperando algo desse tipo.
O silêncio dessa vez foi mais prolongado. Depois, aos poucos, tom por tom, a cor de minha mãe voltou ao normal.
(Esse pedido foi totalmente inspirado em Amanhecer, então créditos à Stephenie)
- Acho que não estou surpresa - murmurou ela por fim. - Eu sabia que teria de lidar com algo assim muito em breve.
Eu expirei.
- E a resposta é sim, eu lhes dou minha benção. Eu espero que vocês sejam muito felizes.
- Obrigado - agradeceu Justin, sorrindo.
Eu estava aliviada demais para agradecer. Meu coração voltou ao ritmo normal.
- Quando? - perguntou minha mãe.
- Não sabemos ainda - esclareceu Justin. - Daqui a um ano, ou um ano e meio, talvez? Não há pressa.
Ela pareceu relaxar com isso.
- Certo... Hã, vou deixar vocês sozinhos - disse, se levantando.
- Mãe?
- Sim?
- Obrigada.
- Não há de quê. - Ela sorriu gentilmente e se foi.
Suspirei, e de repente foi como se um peso muito grande fosse retirado de meus ombros.
- Bom... Estou vivo.
Eu ri.
- Idiota.
- Mel, parecia que você ia confessar um crime.
- Eu pensei que minha mãe fosse tratar como se fosse um.
- Quando ela pensou que você estava grávida foi bem engraçado.
- Engraçado? Eu vi a morte na minha frente!
- Verdade, ela mudou de cor. Mas está tudo bem agora. - Ele alisou minha mão esquerda.
- Sim.
- Onde estávamos mesmo?
Eu sorri e me inclinei para beijá-lo.
E a vida seguiu.

+80 comentários

Ah, que novidade! Vocês sumiram de novo. Sabe, os comentários são como um reconhecimento para mim, e vocês simplesmente ignoram isso, e não é falta de leitoras porque só nos dois dias seguintes ao que eu postei o capítulo teve mais de 500 visualizações. E ainda tem gente que se acha no direito de vir me xingar e me tratar mal no ask porque eu demorei mais de uma semana para postar. Eu realmente não tenho culpa se vocês demoram uma semana para comentar o suficiente.

Eu estou pensando em parar de escrever, terminar essa fic e não escrever mais nenhuma, e olha que só faltam três capítulos. Eu estou tão animada com a próxima, o trailer já está quase pronto, eu já tenho alguns capítulos prontos também, mas aí vocês fazem isso e eu fico chateada. Não venham me dizer que é drama porque não é.

Se vocês foram boazinhas e comentarem rápido eu vou postar a sinopse da nova fic logo logo, caso contrário nem fic mais ter mais. Eu mudei o nome e agora vai se chamar Forget Forever, não é oficial e talvez eu mude de ideia, mas por enquanto é isso. Ainda não arrumei o layout porque o Tu Encomendas está fechado a semanas e eu não sei como vou fazer se não abrir logo, então se tem alguém aí que conhece algum blog/site que faça layouts (grátis, claro) me mandem o link por favor, ou se tiver alguém que sabe fazer fale comigo no ask ou no twitter.

Divulgando:

http://onebelieberblogib.blogspot.com.br/

http://imaginemsocomoseria.blogspot.com.br/

Tenho uma recomendação especial, é o http://babyiwould.blogspot.com.br/ vale muito a pena ler, a fanfic é muito boa e a escritora é uma princesa, então corram lá o mais rápido possível e leiam, não vai dar muito trabalho porque ainda está no 2º capítulo hihihi.

Se quiser que eu divulgue seu blog me peça no ask (ask.fm/h3ydrew) porque por aqui eu me perco.

É isso, amo vocês e não sumam!