I will catch you if you fall - 44º capítulo

"Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim." - Twilight, Stephenie Meyer

(leia ouvindo a música 82 e depois 83, por favor)

Era o David.

Ele sorria maliciosamente, mas era um sorriso diferente. Assustador, eu diria. Aquilo me causou um arrepio que não havia como explicar. 

- Olá, amor. Quanto tempo - disse-me ele.

- O que você está fazendo aqui? - perguntei, irritada. - E onde está o Justin?

- Hmmm... Você vai descobrir logo mais. Enquanto isso, vem cá, estou com saudades... - Ele se aproximou de mim, e eu me esquivei.

- Não se aproxime de mim. Me diz agora onde está o Justin.

- Relaxa amor, temos muito tempo. Agora vem aqui.

Ele segurou meus pulsos e me puxou para ele enquanto eu o encarava chocada. 

- Me solta! - gritei, tentando lutar inutilmente contra suas mãos de ferro.

- Cala a boca vadia! - ele gritou de volta, me pegando nos braços e me jogando por cima de seus ombros como se eu fosse uma boneca de pano. - Nós vamos para o quarto agora.

Minha garganta ficou seca naquele exato momento, meu Deus o que ele iria fazer comigo?

- DAVID! ME SOLTA! ME SOLTA! - protestei dando socos em suas costas. - ME LARGA, POR FAVOR, NÃO FAZ NADA COMIGO! DAAAAAAAAAAVID!

- Eu já disse para calar a boca.

Ele subiu as escadas com uma facilidade que nem parecia estar me carregando. Eu sentia como se meu sangue tivesse virado água gelada, mas obviamente era só uma impressão. Eu tinha que admitir que estava morrendo de medo, e embora eu esperneasse e batesse nele para ele me soltar ele não estava nem aí.

- POR FAVOR, ME LARGA, DAVID, ESCUTA, NÃO FAZ NADA COMIGO, ME SOLTA!

Ele abriu a porta do quarto do Justin como se conhecesse aquela casa perfeitamente. Me jogou na cama e eu tremi enquanto ele prendia meus pulsos numa algema que estava na cabeceira da cama. Uma mísera lágrima escorreu pelo meu rosto, eu estava apavorada.

- Agora vamos nos divertir - disse ele com um sorriso malicioso.

- David, me escuta, se você gosta mesmo de mim não faz nada comigo, por favor, por favor.

- Agora a vadia vai implorar né? 

- Você tá louco?

- Sempre fui, sabe. Louco por você. Mas parece que você não deu muito valor.

- Quê? David pelo amor de Deus!

- É o seguinte, eu sequestrei seu amorzinho, e depois que eu terminar aqui com você te levo para matar vocês dois juntos.

Aquelas palavras foram como um tapa na minha cara, meu coração disparou e minhas mãos suaram frio. Eu não conseguia raciocinar direito, eu queria acordar e perceber que tudo aquilo era um pesadelo.

Três batidas rápidas na porta me tiraram do transe. David arregalou os olhos e sacou uma arma que estava dentro da sua jaqueta, aquilo foi um susto completo para mim e de repente foi como se eu não o conhecesse, eu não sabia quem era aquele estranho destruidor de sonhos, e definitivamente ele não era o cara com quem eu namorei.

- QUEM É?

- Chefe, sou eu. Precisamos ir. Parece que o segurança do riquinho está a caminho.

- PORRA! - David bateu o pulso numa mesa que havia ali. - JÁ TO INDO.

Ele me olhou e me encarou furiosamente.

- Depois me divirto com você.

Ele tirou as algemas do meu pulso e me jogou por cima do ombro. Eu comecei a protestar mas ele disse:

- Um movimento brusco e seu namoradinho morre. Eu estou falando sério.

Nesse instante eu fiquei imóvel, a dor tomava conta do meu peito. Como será que estava o Justin? Aquilo era tudo culpa minha, minha. Eu não devia existir.

David desceu as escadas rapidamente e me colocou no chão, pegando firmemente meus dois braços, machucando. Eu tentei sair de seu aperto de ferro, mas ele era muito forte.

- VOCÊ É LOUCO, LOUCO!

- Cala a boca vadia, você vem comigo.

- O que você vai fazer com o Justin?

- Está mais preocupada com ele do que com você?

- Claro, me solta! - insisti, lutando em vão.

- Brandon, Paul!

- ME SOLTA SEU VAGABUNDO!

- Se você não ficar comigo não vai ficar com mais ninguém.

- VOCÊ É LOUCO!

Ele me soltou, mas outros braços fortes me pegaram por trás me giraram, fazendo me arquejar de dor.

- ME SOLTA!

- Acho melhor a princesa ficar quieta.

- Ela não vai - interrompeu David. - Dope-a.

- Sim, senhor - obedeceu o homem, tirando uma pequena seringa do seu bolso. 

Ele pegou meu punho e eu não lutei contra ele, apavorada demais para expressar qualquer sentimento.

A agulha picou minha pele. Eu lutei novamente, minhas unhas tentando arranhar seus braços.

Mas eu sabia que nada daquilo adiantaria. Fui tomada pelo pânico, e a única coisa que eu pensava era Justin.

Mas meus pensamentos foram interrompidos quando a inconsciência me puxou, fazendo-me desmaiar.

Justin narrando

Droga, droga, droga!

Eu fui burro, tudo aquilo era culpa minha.

Eu dispensei os seguranças uma vez que ia viajar, contratando apenas alguns para tomarem conta da casa. Mas antes que eles chegassem, o filho da puta do Moore apareceu lá com um monte de homens e me dopou. Quando acordei já estava aqui, um quarto escuro e trancado. Eles me amarraram numa cadeira, mas eu não me importava, eu não estava preocupado comigo mesmo.

Eu só pensava em Melanie. Ele disse que ia buscar ela. Eles não podiam fazer nada com ela. Eu não me perdoaria nunca.

Eu estava com medo, medo por ela. Eu sabia que ia morrer, e podia aceitar isso.

Mas eu nunca aceitaria que fizessem mal à ela.

Enquanto eu pensava comigo mesmo, a porta foi aberta rudemente. Um dos homens entrou, carregando Melanie no colo. Ela estava adormecida.

Moore entrou logo em seguida, um sorriso cínico nos lábios.

- O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELA?

- Ela vai ficar bem, uma morte assim seria fácil demais, não é?

- Me mate se quiser, mas não faça nada com ela.

- Que bonitinho! Infelizmente eu vou ter que matar vocês dois. E a sua vai ser bem pior.

- Eu não me importo! Mas com ela você não vai fazer nada.

- Cala a boca!

- Como se você mandasse em mim.

Ele tirou uma arma da cintura e a apontou para minha cabeça, mas eu sabia que era só um blefe. Não seria tão fácil.

Mas, mesmo assim, eu sentia as palmas de minhas mãos suarem frio, e meu estômago revirou com a possibilidade dele atirar.

- Vá em frente, ATIRE! Pelo menos para isso você tem que ser homem, não é?

Ele largou a arma e me deu um soco. Eu sentia algo escorrer sobre minha face, e em seguida senti gosto de sangue. Cerrei os lábios.

- Eu já disse para calar a boca - disse-me ele.

- Como se você mandasse em mim - repeti.

Ele me encarou enquanto enquanto aqueles homens amarravam Melanie numa cadeira. Eu só queria levantar e dar uns socos nele.

- Ei! Não machuquem ela!

- Acho melhor você ficar quieta, playboizinho.

Eu ri sarcasticamente.

- Quem é você para achar alguma coisa? Vocês podem até me matar, mas não pensem que vão escapar fácil dessa. Querido eu sou o Justin Bieber, e vão até o fim do mundo para descobrir quem acabou com a minha vida.

O homem arregalou os olhos para o meu lado, e em seguida olhou para o Moore.

- Ele tem razão - sussurrou apavorado.

- Cala a boca Brandon. Fica aí vigiando, eu já volto.

Ele saiu e bateu a porta. O homem chamado Brandon se sentou em uma cadeira e ficou me encarando.

- Que foi? Perdeu o pau aqui? - desafiei.

- Quanto você acha que eu posso ficar encrencado com isso?

Eu ri.

- Muito, muito mesmo.

- Porque ele está fazendo isso?

- Você não sabe?

- Não. Ele só me contratou.

- Me dê uma boa razão para eu te contar.

- Estou curioso.

- Isso não é uma boa razão.

- Mas continuo curioso.

Suspirei.

- Ele namorava com ela - fiz um gesto com o rosto em direção de Melanie uma vez que não podia apontar pois estava com as mãos amarradas -, mas ele era muito estúpido e eles acabaram terminando. Eu era melhor amigo dela e acabei namorando com ela. Ele quer se vingar.

- Hmmm. Minha filha é doida por você. Ela chora toda vez que te vê na televisão.

- Como se sente destruindo o sonho da sua filha?

Ele pareceu pensar por um segundo. Qual é, ele não devia estar se sentindo culpado.

- Eu não sei... - Ele cruzou os dedos. - Sinto que não estou fazendo a coisa certa. A garota... ela parecia apavorada.

Tremi ao pensar nisso.

- Ela é a garota mais incrível que eu já conheci na minha vida.

- Ela é bonita.

- Mas é minha - rosnei.

- Ei, calma rapaz, eu sei.

Houve um arquejo ao meu lado. Melanie acordava.

Ela piscou freneticamente até se habituar com o lugar. Ela parecia confusa e assustada ao mesmo tempo, embora certamente não fizesse ideia do que estava acontecendo.

- Fiquem quietinhos aí, depois eu volto - disse o homem simpaticamente e saiu dali logo em seguida. Eu realmente não entendia porque ele estava sendo legal conosco.

- Amor? - perguntei.

Ela virou a face imediatamente tentando encontrar meu rosto na escuridão.

- Justin?

- Sim, meu amor. Como se sente?

- Tonta... - Ela olhou para as cordas que a envolviam e seus arregalou os olhos. - Por que estou amarrada? Onde estou?

- Ei, ei, calma. Mantenha a calma.

- Como? - Sua voz não passava de um sussurro de medo.

- Melanie, David nos sequestrou.

Ela piscou freneticamente outra vez como se sua mente estivesse clareando. Depois, lágrimas rolaram pelo seu rosto.

- O quê?

- É isso.

- Ele vai matar a gente?

- Eu não sei.

- Ai meu Deus, Justin! Me desculpe!

- Ei, ei, não há motivos para se desculpar. Você não tem culpa de nada.

- Eu te amo - ela disse entre as lágrimas.

- Não chore. Vai ficar tudo bem, eu não vou deixar ninguém machucar você.

- Não estou preocupada comigo. Justin, eu não posso viver em um mundo onde você não exista.

- Vamos dar um jeito nisso, vai ficar tudo bem. Eu sei que alguém vai vir atrás de nós - menti para confortá-la. - Devem estar loucos atrás de nós.

Ela soluçou de novo.

Eu queria abraçá-la, queria dizer que tudo ia ficar bem, que aquilo era só um pesadelo que jogo passaria, que apareceria alguém para nos salvar como nos filmes... Mas não ia. A vida não é um filme, embora aquela cena estivesse sendo digna de um.

A porta se abriu de novo, e, dessa vez, quem passou por ela foi Lucy. Ela tinha uma lanterna na mão e apontou para os nossos rostos para iluminar apesar daquele quarto já ter alguns abajures que clareavam apenas um pouco o ambiente. 

- Cachorra! - ralhou Mel.

Lucy deu um risinho irônico e eu a fuzilei com os olhos.

- Ah, que lindos! Juntos até na hora de morrer!

- Você é louca! - gritei. Que garota mais cínica e insuportável!

- Poxa lindo, você acha mesmo isso?

- Lindo o caralho! Ele é meu! Vadia! - protestou Mel, lutando contra as cordas que a envolvia.

- Se ele não for meu, não vai ser de mais ninguém - disse Lucy, com raiva.

- Nunca fui seu, e nunca serei - interrompi. - Eu sempre vou ser da Mel, quer esteja vivo ou não.

A raiva ardeu em seus olhos enquanto Mel me encarava. Ela sorriu com o canto dos lábios e eu não consegui deixar de sorrir também.

Era estranho, porque nós sabíamos que íamos morrer, mas, mesmo assim, ainda conseguíamos sorrir.

Lucy ficou vermelha e saiu dali à passos largos logo em seguida. Bateu a porta ruidosamente ao passar.

- Justin, me desculpa... - Melanie começou a falar, mas eu a interrompi:

- Não se desculpe, Mel. Você não tem culpa de nada.

Ela balançou a cabeça furiosamente.

- Não diga que não é, porque é. Olha aqui Justin...

- Mel...

Ela balançou a cabeça de novo.

- Não, me escuta. Sabe, eu sempre tive medo de não ser o suficiente para você, porque cara, você é o melhor namorado do mundo inteiro. Não quero que diga que vai ficar tudo bem, porque não vai. Mas antes de... partir, eu preciso te dizer algumas coisas.

- Mel... - comecei a interromper de novo.

- Xiu, eu já disse para me deixar falar. Certo, eu só queria te dizer, que você é a pessoa mais adorável, humilde, incrível, altruísta, inteligente e descente que já conheci. Bom, inteligente nem tanto, e descente também não seria o termo mais correto, não é? - Ela riu maliciosamente, e eu não consegui deixar de rir também. O sorriso dela era o mais lindo do mundo. - E sabe aquela noite que você cantou Fall para mim e me pediu em namoro, e depois nós acabamos fazendo amor? Então, foi a melhor noite da minha vida. Lembra daquela noite depois do aniversário da Jazzy que você me ligou e começou a falar besteiras, e depois me perguntou se eu estava excitada? Então amor, eu estava mesmo, mas esquece isso, tá?

"E agora eu sou obrigada à falar daquela maldita noite que você me falou aquelas coisas horríveis, e olha eu quero que você saiba que eu não te culpo, ok? Eu sei que você só fez isso para o meu bem, embora eu ainda ache que você precise rever seus conceitos sobre felicidade. Então, eu fiquei totalmente despedaçada com aquilo tudo, eu chorava todas as noites, um buraco se abriu no meu peito e eu costumava me abraçar para juntar meus pedaços, mas nunca funcionou, eu continuava quebrada em mil pedacinhos. Mas aí você apareceu, me dizendo aquelas coisas e sorrindo... Seu sorriso para mim foi como o sol rompendo as nuvens, e quando você me abraçou Justin, quando você me abraçou eu me senti inteira de novo.

"Eu nunca pensei que meu melhor amigo bobão e idiota se tornaria o amor da minha vida, mas a verdade, Justin, é que eu amo o jeito como você sorri, eu amo seus olhos, eu amo sua boca, eu amo seu nariz, eu amo seu cabelo dourado e reluzente, eu amo seu corpo malhado e sexy, caramba eu odeio admitir isso mas eu amo tudo em você. Eu amo o jeito que você me olha, eu amo aquele sorriso torto que só você sabe dar, eu amo quando você mexe no meu cabelo antes de me beijar, eu amo o jeito como seus lábios se mexem juntamente com os meus, eu amo o jeito que minha pele fica quente quando você me toca, eu amo quando você começa a me dizer aquelas coisas totalmente clichês e piegas, eu amo quando seus olhos ardem quando você diz que me ama, eu amo o jeito que suas mãos percorrem meu corpo, eu amo seu jeito engraçado barra idiota barra safado, eu amo quando nós fazemos planos para o futuro, pena que eles não vão se realizar, não é?

À essa altura já havia algumas lágrimas rolando pelo meu rosto, cara isso foi a coisa mais perfeita que alguém já me disse. Eu odiava chorar, fala sério, isso é muito gay, mas eu não conseguia me conter.

Ela continuou:

- Seria muito óbvio se eu dissesse que estou com medo? É, eu estou morrendo de medo. Mas não por mim, por você. Eu realmente espero que ele me mate primeiro.

"Sabe Justin, você mudou meu conceito sobre amor. Antes eu pensava que amor só podia partir corações, mas você veio e me mostrou que ele também pode curar. Você mudou a minha vida e eu sou ser eternamente grata por isso. Eu te amo, eu te amo como ninguém, nunca amou outro alguém. Você nunca me amará com metade da intensidade com que eu amo você.

"Ontem eu li Crepúsculo pela milésima vez, e sabe o que dizia no prólogo? "Quando a vida lhe oferece um sonho muito além de todas as suas expectativas, é irracional se lamentar quando isso chega ao fim." E eu acho que essa frase se aplica perfeitamente aqui. Porque você Justin, você foi um sonho, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e na vida de milhares de outras pessoas. Você é um anjo sem asas. E obrigada por ter cuidado de mim esse tempo todo. Obrigada por aturar minhas chatices, manhas, birras, crises de ciúmes e tudo mais. A propósito eu ainda quero matar aquela vagabunda da Ashley, e essa vadia da Lucy. Qual é, você é meu homem, quem elas pensam que são para tentar te tirar de mim? Mas é isso. Eu  te amo. E eu vou continuar sendo sua.

- Então a intenção é me fazer chorar como um viadinho, não é?

Ela riu.

- É, é isso mesmo. Mentira amor, primeiro que a intenção é fazer você ficar sabendo o quanto eu te amo. E segundo, chorar não é coisa de viado.

- Claro que é, claro que é. Mas isso foi... a melhor coisa que alguém já me disse. Eu nem sei o que falar. Eu te amo, eu te amo demais Melanie.

- Nós nos amamos. Isso é suficiente.

- Mesmo morrendo?

- Mesmo morrendo. - Ela assentiu me fazendo sorrir.

Eu estava prestes à encarar uma morte lenta e dolorosa, o filho da puta do David provavelmente ia me torturar, mas cara eu estava sorrindo, o medo que antes me dominava fora totalmente sufocado pelas palavras dela. Eu sabia porque ela estava falando aquilo num momento tão... inoportuno. Ela queria fazer daquele momento não um momento romântico, mas sim sincero.

- Minha vez? - perguntei sugestivamente.

- De ser clichê? Claro, vá em frente.

Eu ri.

- Certo. - Respirei fundo. - Mel, eu sei que você está cansada de me ouvir dizer que eu me apaixonei por você desde a primeira vez que a vi. Mas cara é verdade, caramba eu via você beijando aquele filho da puta e me dava uma puta vontade de afastar ele de você e mandar ele pro inferno porque convenhamos até hoje ele só te fez mal.

"E agora eu tenho que te confessar uma coisa... Lembra daquele dia que você chegou lá em casa chorando depois que tinha brigado com ele?

Ela assentiu.

- Então, eu quase fiquei maluco quando você colocou aquela minha blusa e ficou com as pernas de fora, sério amor, você foi muito tolinha em achar que eu não ia olhar, porque você tem uns pernões de deixar qualquer homem piradinho.

Suas bochechas ficaram rosadas, droga porque ela tinha que ser tão linda?

Dei uma risadinha e continuei:

- E quando você dormiu... Ér, jura que não vai me bater?

Ela revirou os olhos, indicando com o queixo as cordas que a envolviam.

- Amor, você acha mesmo que eu estou em condições?

- Bobona. Mas sério, eu fiquei te olhando dormir, e você estava tão linda, que meu Deus eu não consegui resistir. Aí eu me sentei do seu lado e comecei a beijar sua bochecha e seu pescoço, e então você começou a se mexer e falou "Justin, eu te amo". Eu fiquei paralisado pensando que você tinha acordado, mas você não tinha. É, você e sua mania estranha de falar dormindo. Eu esperei mais alguns segundos mas você continuou dormindo, então eu te dei um selinho. E eu lembro que mais do que nunca, naquela noite, eu desejei que você fosse minha.

Ela me encarou boquiaberta.

- Nossa.

- Está brava?

- Claro que não, por que estaria?

- Porque eu praticamente abusei de você.

Ela riu.

- Não, isso foi lindo.

Eu sorri com o canto dos lábios.

- É, então eu te dei mais uns beijos e continuei olhando você dormir o resto da noite.

- Nossa - ela repetiu.

- Eu fiquei com o coração na mão quando pensei que você tinha acordado. E fiquei sorrindo o resto da noite porque você disse que me amava.

- Bobo.

- Sério amor, foi a melhor coisa que eu já ouvi. Melanie, eu amo seu sorriso. Eu preciso dele para viver do mesmo modo que preciso de ar para respirar. Eu amo seu cabelo cor de ouro e seus olhos azuis como o céu. Eu amo quando você fica com ciúmes, é surpreendentemente desfrutável, quando você não quer me matar, claro.

Ela deu uma risadinha.

- E eu amo o seu jeito, eu amo sua voz, eu amo sua risada, eu amo seu cheiro, eu amo cada detalhe em você. Você foi a melhor coisa que já me aconteceu.

"Quando eu fui... embora... Droga, eu pensei que ia morrer. Eu fechava os olhos e a unica coisa que eu via era você. Eu não tinha vontade de fazer nada, nada, isso deixava todo mundo maluco, principalmente o Scooter. Ele ficou louco, aliás ele me chamava de zumbi. Eu me sentia estraçalhado. Aí eu voltei, e quando eu te vi foi como se toda a dor desaparecesse. Não posso viver sem você. Nunca. Eu te amo. Acredite, eu te amo um milhão de vezes mais do que você me ama.

Ela me encarou por um segundo com lágrimas nos olhos.

- Impossível - sussurrou por fim.

Analisei seu rosto; embora estivesse escuro, eu podia ver seus olhos. Eles estavam assustados, ansiosos... E preocupados.

Eu sabia que ia morrer. Mas não ia deixar que a machucassem. Nunca.

Era a pior coisa do mundo; se sentir impotente.

A porta foi aberta num rompante, e David entrou dentro da sala com um ar furioso.

- Agora chega - disse. - Acabou a viadagem. Quem primeiro? - Ele sacou a arma da cintura e colocou sobre a minha cabeça.

Meu estômago revirou e eu fechei os olhos.

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A última declaração ): ai que triste gente, socorro, chorei escrevendo isso.

E vocês sumiram de novo, poxinha ): eu sei que fiquei muito tempo sem postar, mas não foi culpa minha, então comentem bastante para me deixar feliz. Eu tenho o próximo capítulo pronto, então se vocês comentarem eu posso postar logo logo. Sei que dei uma sumida e dou minha palavra para vocês que isso não vai mais acontecer.

Quero ver todo mundo comentando nesse capítulo porque é muito< importante para mim, por favor ):

Divulgando

www.fanficbeliebersjdb.blogspot.com.br

Eu sinto que estou esquecendo de divulgar alguém, então peçam no meu ask (cliquem aqui), aliás quem quiser deixar perguntas lá também eu agradeço hehauehauh ♡

E eu coloquei a playlist de volta, quem gostou? []

Muito obrigada pelos 166 seguidores, aliás quem não segue o blog siga por favor, não precisa de contar no blogger, só twitter mesmo ♡

Amo vocês, vocês são as melhores leitoras do mundo bjbj