I will catch you if you fall - 43º capítulo

"Passei os últimos meses pensando no fato de que tudo o que o amor faz é partir, queimar e acabar, mas, num domingo, assistindo um filme, eu vi isso recomeçar." - Taylor Swift, Begin Again

(Dei uma mudada básica na frase para ficar mais coerente com o capítulo. Aviso importante no final do capítulo)

- Não, não vou. Porque, para mim, sempre vai ser você. - Ele afagava minha mão enquanto falava. - Mas tudo bem. Eu sempre estarei aqui. Sempre terá essa segunda opção.
- Obrigada - agradeci, e o abracei em seguida.
- Eu te amo - disse-me ele.
- Eu também amo você.
- E se ele te magoar de novo, eu estarei aqui.
- Obrigada.
- E pode dizer ao Bieber que eu o odeio?
Eu ri.
- Posso, sim.
Nós passamos mais ou menos uma hora conversando, eu contei para ele coisas que eu nunca imaginei que contaria e acabei descobrindo que ele pode sim ser meu amigo. Me peguei rindo com ele em alguns momentos e também encarando aquele par de olhos azuis, sério eu não sabia o que estava acontecendo comigo, era tudo tão confuso. E por que diabos eu ficava gelada quanto ele sei lá, pegava na minha mão? Não era para ser tudo normal? Eu só queria isso, só queria uma vida normal.
Assim que cheguei em casa, tomei um banho e deitei na cama. Enquanto estava ali não podia deixar de pensar que estava desperdiçando tempo longe do Justin. Pensar no nome dele era estranho, pois era como pensar em qualquer outro nome - normal. Não havia dor, nem sofrimento, nem feridas, nem buraco no peito... Eu sentia meu coração bater perfeitamente.
Eu estava intacta.
E isso era a melhor coisa do mundo.
Me questionei sobre a sinceridade do Niall hoje de manhã, e a compreensão dele depois.
Bipolaridade, talvez.
Mas uma coisa que ele me disse martelava na minha cabeça...
"Para mim, é você, sempre vai ser você"
Eu não sabia o que fazer. Parecia tão errado terminar e fingir que nada aconteceu. Porque de certa forma, eu o amava. E ele me amava um milhão de vezes mais. Ele teria sido bom para mim. Natural, certo, normal.
Mas o que eu sentia pelo Justin não era normal. Era uma coisa de outro mundo. Uma ligação tão forte que nem a distância, o tempo e a mágoa podia destruir.
E às vezes eu tinha medo disso.
Eu estava com frio, minha cama estava gelada. Mais do que nunca, eu o desejei ali, me protegendo do frio. Nada podia ser frio perto dele.
Meu iPhone tocou, me tirando de meus devaneios. Eu olhei a tela; era ele. É claro que era ele.
Sorri com o canto dos lábios e atendi:
- Alô?
- Oi princesa, que saudade.
- Sim, tá frio aqui sem você - reclamei.
- É? Quer que eu suba escondido no seu quarto de novo?
- Não seria uma má ideia.
Ele riu.
- Pior que seria, amor, está chovendo.
- Eu sei, mas eu queria você aqui.
- Eu também quero você, e aí, como faz?
Pensei por um segundo.
- E se eu fosse até aí?
- Pensei que não pudesse sair de casa.
- Está tarde, aposto que não vai ter ninguém para me vigiar.
- E a neve?
- Está tentando me convencer a não ir? Tudo bem, fico em casa.
- Não! - ele protestou, rindo. - Vem, vem amor, to carente de você.
- Está mesmo?
- Sim, muito.
Eu sorri.
- Estou indo.
- É sério que você vem?
- Claro!
Ele riu.
- Você é a melhor namorada do mundo.
- Eu sei, baby.
- E a mais convencida também.
- Nem tanto!
- Vem logo, preciso de você.
- Estou indo, um beijo bobão.
Desliguei e pulei da cama. Troquei de roupa, coloquei o que ia precisar dentro de uma mochila e saí na ponta dos pés. Não havia ninguém, pelo o que eu estava vendo minha mãe não estava em casa, e isso era ótimo. Praticamente corri para a garagem, liguei o carro e dei partida.
Estava nevando muito. Só aquele idiota para me tirar de casa numa temperatura dessa. Dirigi com um cuidado especial, o plano era chegar inteira à casa dele.
- AMOR! - gritou ele ao me ver, correndo em minha direção e me tomando em seus braços.
- Eu falei que vinha, não falei?
- Não duvido de você. - Ele beijou minha testa. - Mas é só que está muito frio.
- Se a minha mãe descobrir que eu não estou em casa, ela me mata.
- Eu não duvido. Mas, olha, estou fazendo você se tornar uma garota má.
- Um pouco de maldade não faz mal. Sempre fui uma adolescente muito comportada.
- Mentira, você fugia de casa para ir àquelas festas malucas da escola.
- Isso é só um detalhe.
- E ficava bêbada e eu que tinha que cuidar de você. E você bebia por causa daquele idiota do Moore. Aí todos os garotos ficavam tentando se esfregar em você.
- QUE HORROR! Eu não me lembro disso.
- Deve ser porque estava bêbada né?! - Ele riu. - E eu tinha que assistir aquelas cenas patéticas.
- Eu era muito tolinha por não perceber que você gostava de mim, não é?
- Sim, muito. Eu estava desistindo já.
Eu ri.
- É, acho que eu sou meio lerdinha.
- Meio?
- Só um pouquinho vai.
- Muito. Aliás, tem um filme água com açúcar aí que eu acho que você vai adorar.
- Que filme?
- P.s. eu te amo.
- Eu adoro esse filme. Mas eu não sei se vou conseguir me concentrar nele se você estiver por perto.
Ele riu. A risada dele era a mais linda do mundo, eu poderia ficar ouvindo-a por horas e horas sem me cansar. Me acalmava, assim como sua voz de veludo. Era incrível perceber como eu era apaixonada por cada detalhe daquele garoto.
- Então vamos. - Ele pegou minha mão e me guiou para seu quarto. Quando chegamos, eu tirei o tênis e subi em cima da cama, me enrolando com os cobertores que havia lá. Justin riu de mim, mas é que estava muito, muito frio.
Ele colocou o filme e veio para a cama também, rindo enquanto me envolvia em seus braços. Eu me sentia bem, me sentia protegida, eu me sentia em casa. O filme começou mas, como previsto, eu não consegui prestar atenção, a verdade é que eu estava ocupada demais apreciando o calor da sua pele na minha. Chorei "assistindo", claro, e Justin riu de mim, claro. Mas eu sabia que ele estava mexido, é lógico que estava, tinha que estar, não era possível que um ser humano fosse tão insensível.
- Gostei da sua blusa - murmurou ele quando o filme acabou.
- Sério? Obrigada.
- Sim, mas eu acho que você fica melhor sem ela.
Eu ri. Devia ter imaginado.
- Hmmm, o que você quer? - perguntei mordendo os lábios.
- O que será? Veremos... - Ele riu, colocando a mão no botão da minha calça. Desabotoou-a e em seguida a arrancou.
- Você não tem jeito mesmo - murmurei, rindo.
- Você acha? - ele perguntou, alisando minha coxa.
- Eu tenho certeza. Agora tira o resto.
- Sim, senhora - ele disse e me obedeceu.
E sim, nós fizemos amor.

- Princesa? - ele disse enquanto fazia carinho em minhas costas. Eu estava grudada nele por causa do frio, a pele dele me aquecia e era mil vezes melhor do que qualquer roupa do mundo.
- Sim?
- Posso te pedir uma coisa?
- Claro?
- Namora comigo de novo?
Eu sorri.
- É claro que sim, seu bobo. Nem precisava pedir.
- Sou um sujeito descente.
Eu ri.
- Sei. - Dei um tapinha no ombro dele. - De descente você não tem nada.
- Você acha, é? - Ele sorriu malicioso.
- Acho, sim.
- Bobona.
- Chato.
- Idiota.
- Feio.
- Gorda.
- Poxa amor...
- É brincadeira, você parece uma pena de tão leve.
- Mentiroso.
- Adoro seus adjetivos em relação à mim.
Eu ri.
- Estou com sono.
- Deixa eu cantar para você dormir?
- É claro que sim.
Ele riu.
- You've got that smile, that only heaven can make. I'll pray to God every day that you keep that smile...
E eu adormeci em seus braços.

[...]

O resto da semana passou voando.
Era sábado à noite. Eu estava indo ao quarto da minha mãe, para tentar conversar; aquela situação de encontrar o Justin escondida estava ficando insuportável. Quando cheguei, a encontrei folheando uma revista de moda, e me sentei numa poltrona que havia ali.
Ela me olhou.
- Precisamos conversar - eu disse.
- Se for sobre aquele traste, nem precisa começar.
Suspirei.
- Olha, eu amo o Justin, tá legal?
- E desde quando isso é o suficiente?
- Ele me ama também.
Ela cruzou os braços.
- Duvido.
- Não preciso que acredite. Preciso que pare de me proibir de vê-lo.
- Eu não vou parar.
- Não é justo.
- O mundo não é justo.
- Eu fiquei meses sem vê-lo, preciso que você abra pelo menos uma exceção.
- Não vou abrir.
- Mas que droga!
- Pode chorar, espernear, fazer birra e até greve de fome. Não importa. Não vou deixar.
- Argh, detesto você! - gritei e me levantei.
- Isso não muda nada! - ela gritou de volta.
Fui batendo o pé até meu quarto, meu Deus como isso me irrita. Tenho idade o suficiente para tomar minhas decisões.
Tomei um banho, me vesti e peguei um livro na minha prateleira, Crepúsculo para ser mais exata. É, eu já li centenas de vezes e não consigo enjoar. Depois de alguns minutos Justin me ligou, ultimamente eu só conseguia dormir ouvindo ele cantar para mim. Ele está me deixando mimada de novo.
A primeira coisa que passou pela minha cabeça quando acordei na manhã de domingo foi que ele iria embora. Meu coração deu uma disparada dolorosa, e eu me preocupei em ficar longe dele de novo. Seria insuportável.
Me levantei, tomei um banho, me vesti e saí correndo para que ninguém me visse. Minha mãe não era tonta à ponto de não saber que eu ia encontrar com ele todos os dias, na verdade eu tinha certeza de que ela não estava nem aí para meu namoro com o Justin, ela só não queria dar o braço à torcer. Tanto era que ela desistiu da ideia do tal segurança.
Enquanto dirigia, meu iPhone vibrou. Eu o peguei, lendo a mensagem que Justin me enviou.
"Amor, estou te esperando"
Não era o tipo de mensagem que ele costumava me mandar.
Estranho.
Comecei à ficar ansiosa, sem saber o motivo certo.
Mais estranho ainda, não havia nenhum segurança na enorme propriedade. E isso era muito, muito esquisito.
O portão automático de abriu, mas Justin não me esperava na garagem.
O que estava acontecendo?
Assim que passei pela porta principal e vi quem estava ali, senti meu sangue congelar.
Era o David.

+80 comentários

GENTE VOLTEI!!!!!!! Ai que saudades, é tão bom dizer que vou poder postar sempre agora, desde que vocês comentem né? Hehehe, o último post não teve muitos comentários mas eu entendo porque sumi por muito tempo, agora que eu voltei vocês podem começar a comentar de novo, que tal?

Vem surpresa por aí skjdksadkjsdkj amo deixar vocês curiosas, se vocês comentarem bastante eu vou postar o próximo amanhã tá legal? E não adianta a mesma pessoa comentar mil vezes, é só um comentário de cada ok? Lembrem-se que é isso que me mantém aqui <3

Logo menos vou postar a sinopse da próxima fanfic, mudar o layout e adicionar uma playlist, eu tirei aquela porque deu problema e tal mas logo logo coloco outra para vocês. Quem aí está animada para a nova fic? Huaehuehueh e olhem que eu já estou planejando uma terceira.

Divulgando:

http://diarybieberportugal.blogspot.pt/

http://03-01-1994.blogspot.com.br/

Falem comigo no ask (http://ask.fm/h3ydrew) perguntem qualquer coisa sobre mim, sobre o Justin ou sei lá, eu fico no tédio quando vocês não estão lá para falar comigo </3

AAAAH, e mudei o user do twitter para wishtojb, só avisando.

Enfim é isso, vocês são as melhores leitoras do mundo, obrigada por ainda estarem aqui depois de tanto tempo, amo vocês <3 beijos