I will catch you if you fall - 22º capítulo

"Oh, não consigo evitar, sou egoísta. Não poderia te dividir, isso partiria meu coração. Honestamente, a verdade é que, se eu pudesse simplesmente morrer em seus braços, eu não me importaria." - Die In Your
Arms, Justin Bieber

Eu estava na beirada da cama, olhando Mel dormir. Ela conseguia ser linda até dormindo e isso me impressionava. De repente ela se mexeu, abrindo os olhos devagar, piscando.

- Bom dia bela adormecida - eu murmurei, sorrindo.

Ela sorriu também.

- Bom dia meu amor.

- Bem?

- Ótima e você?

- Melhor impossível. - Eu me aproximei dela, na intenção de beijá-la, mas ela se afastou.

Naquele momento, mil perguntas passaram pela minha cabeça. Ela não gostou da noite de ontem? Eu havia a machucado? Ela tinha se arrependido? 

- Amor, eu to com mau hálito - ela disse.

Ufa, era isso.

- Não tem problema, vamos treinando para quando estivermos casados.

Ela riu.

- Bobão.

- Bobão por querer casar com você?

- Também.

- Como assim?

- Jus, olha para mim - ela falou desnecessariamente, pois eu já a encarava. - Que tipo de pessoa gostaria de casar comigo? Quer dizer, eu sou feia.

Eu não acreditava naquilo.

- Feia? Como feia? Amor, você quer um espelho? Você é a garota mais linda que eu já vi.

- Eu acho que você precisa de um óculos bebê.

- Olha, eu não vou dizer nada, por que se não vamos discutir. Mas eu quero meu beijo, poxa. - Fiz um biquinho e a olhei com carinha de dó.

Ela riu.

- Amor, você vai ficar traumatizado pro resto da vida. Faz assim, eu vou escovar os dentes e depois te beijo, tá bom?

- Não, eu quero te beijar agora.

- Ai amor, to avisando...

- Por favor?

- Tá, tá - ela cedeu, rindo. Eu me aproximei, olhando para sua boca, e a beijei.

Cara, ela não estava com mau hálito, não mesmo. Nem um pouco. Que tipo de pessoa não acorda com mau hálito? Só a minha Melanie mesmo.

- Você não está com mau hálito mor.

- Que? Como não? Justin, deixa de ser mentiroso! - Ela riu.

- É sério princesa, você não está com mau hálito. E eu quero outro beijo.

Ela riu.

- Bobo - disse, se inclinando para beijar-me.

- Precisamos ir para a escola. - Fiz um beicinho.
- Bem que nós podíamos faltar... - ela me olhou, mordendo os lábios.
Cara, eu nunca imaginei a hipótese da Mel ser safada, nunca. Bom, não antes de nós ficarmos juntos. Quando éramos amigos, eu pensava que ela era um anjo. Engano meu...
- Não seria uma má ideia, mas precisamos ir, amor. Eu sei que você odeia escola.
- Argh.
Ela estava apenas de calcinha, sutiã e a blusa de ontem, uma camisa transparente.

Eu podia ver o desenho de seus seios e aquilo estava me deixando maluco. Ela era gostosa demais velho.

- Vem cá amor - ela chamou com o dedo. Eu já sabia o que ela tramava. Fui até ela e comecei a beijá-la.

- JUSTIN? - Eu ouvi alguém gritar. Era Chris.

Melanie comprimiu os lábios.

- Merda - ela gemeu.

- O que diabos esse idiota está fazendo aqui? - falei comigo mesmo. - Mel, amor, eu já volto. - Beijei sua testa. Ela ficou imóvel, a expressão decepcionada.

Desci as escadas rapidamente, encontrando Chris sentado confortavelmente no sofá. Ele me olhou, meio que sorrindo, como se ele estar ali aquela hora atrapalhando tudo fosse completamente normal.

- E aí, cara? - perguntou despreocupadamente.

- E aí o que, velho? O que diabos você está fazendo aqui? - perguntei, irritado.

Ele pareceu confuso.

- Como assim, mano? Você disse para eu passar aqui hoje para nós irmos para a escola juntos, já que meu carro quebrou. Lembra?

Minha mente clareou.

- Ah.

- Atrapalhei alguma coisa? - Ele tinha uma expressão maliciosa.

- Hã? Não, não!

- Qual é, Justin, eu sei que a Melanie está aí.

- Como você sabe?

- Eu vi o carro dela aí. E, na boa, vocês não sabem disfarçar. - Ele apontou para uma embalagem de camisinha que estava no chão.

- Af, vou lembrar de não deixar pistas da próxima vez. Bom, vou subir e avisar a Mel, tá?

- Vai lá.

Subi as escadas, abri a porta do quarto e encontrei Melanie completamente arrumada. Acho que ela havia tomado banho, não sei. Estava vestida e seu cabelo estava penteado.

- Uau - murmurei.

- Bebê - ela se aproximou de mim, me dando vários selinhos - eu vou para casa, preciso trocar de roupa, tá bom?

- Tá bom amor, eu vou passar lá para irmos para a escola .

- Tudo bem. Hã, o Chris ainda está aí?

- Está... eu combinei de ir para a escola com ele, e esqueci.

- Droga, ele vai me ver.

- Vai por mim, ele já sabe que você está aqui?

- Como?

- Bom, ele viu seu carro e viu uma embalagem de camisinha no chão lá da sala.

- Ai, que vergonha.

Eu ri.

- Não ri, idiota, é sério.

- Ai Mel, só você mesmo.

- Bobão.

- Linda.

Ela se aproximou de mim, envolvendo meu pescoço com os braços e olhando em meus olhos.

- Eu te amo - ela disse.

- Eu te amo bem mais, princesa.

E nós ficamos ali, nos olhando, sem dizer nada, apenas escutando o som da respiração um do outro. Parecia  que cada batida do meu coração gritava "Melanie". Ele batia por ela. Eu a amava mais que tudo. Eu estava sendo clichê demais, mas era verdade.. Eu nunca magoaria ela, prometi à mim mesmo. Nunca.

- Eu preciso ir agora, amor - ela disse.

- Tudo bem - falei, afagando seu rosto e pegando sua mão e a conduzindo para a porta. Nós descemos as escadas e Chris nos olhou.

- Oi Mel - ele disse, observando-a.

- Oi Chris - ela disse.

- Vou te levar até o carro, mor - falei.

- Blé, vocês vão começar com isso já? - reclamou Chris.

- Idiota. - Melanie riu. - Te vejo daqui a pouco.

- Até, baixinha.

- Qual é, vai fazer cosplay do Chaz agora? Eu sou super alta. Né, amor?

Eu ri, mas continuei calado.

- Fala para ele que eu sou alta, amor!

- Ela é alta, Chris - menti, rindo.

- Tá vendo? - comemorou ela.

- Já ouvi dizer que o amor é cego? - perguntou Chris.

- Idiota. - Mel riu. - Agora preciso ir. Tchau, Chris.

- Tchau Mel.

Eu andei com ela até a garagem, a abraçando por trás. Ela tem um cheiro tão bom.

- Tchau amor - ela despediu, depois de um monte de beijos. Eu não queria deixá-la ir.

- Tchau - eu falei, e ela entrou no carro. A observei partir. Assim que ela estava fora de vista, voltei para dentro de casa.

- Noite boa, hein, cara? - concluiu Chris.

- Ótima - exclamei.

[...]

Eu estava esperando a Mel no carro, com Chris.

Uns 6 minutos depois, ela apareceu, sorrindo. Seus olhos brilhavam, assim como o anel de diamantes em seu dedo. Seu cheiro perfeito tomou o carro. Ela estava assim:

Velho, eu adorava o estilo dela, sei lá. Foi a primeira coisa que me chamou a atenção nela.

Eu a beijei, e Chris reclamou, como sempre.

Logo chegamos na escola. Chris se apressou, indo para a sala logo, pois seguindo ele "não queria segurar vela".

[...]

Sinceramente, aquelas pessoas estavam começando a me irritar. Eu não podia sequer tocar na Mel que lá estava todo mundo, nos observando como uma platéia.

- VOCÊ DORMIU COM ELE ONTEM! - gritou uma voz atrás de nós. Eu não demorei para reconhecer. Era o canalha da David, claro.

Eu me virei abruptamente, o fuzilando com os olhos. E BUM, num instante toda a escola estava ali.

- PORRA - gritou Melanie. - O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? E QUE? COMO ASSIM DORMI COM ELE? DAVID, OLHA O QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO! CUIDA DA SUA VIDA, CARALHO!

- VOCÊ DORMIU NA CASA DELE ONTEM! EU SEI, EU VI! - ele gritava fora de si.

Nesse momento, o ódio me empurrou. Eu simplesmente queria esfregar a cara dele no chão.

- VOCÊ NÃO VAI GRITAR COM A MINHA GAROTA! - eu gritei, me aproximando dele num átimo. Ele deu uma risada irônica.

- Uau, minha garota - sussurrou uma voz feminina atrás de nós.

- SUA? SUA O CARALHO! EU VOU, SIM, E VOCÊ NÃO VAI ME IMPEDIR!

Num movimento só, eu o empurrei com as mãos. Ele caiu no chão, apoiando-se com a mão direita e levantando-se logo em seguida, indo para cima de mim. Eu não recuei, não me mexi, continuei firme o encarando. Mas a Mel se postou diante de nós antes que ele pudesse sequer tocar um dedo em mim. Ela colocou uma mão no meu peito e outra no dele, nos afastando.

- EU NÃO ESTOU ACREDITANDO QUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO DE NOVO! - ela gritou na cara dele. - PORRA DAVID, ME ESQUECE! EU NÃO QUERO MAIS VER A SUA CARA, ENTENDEU? O QUE NÓS TÍNHAMOS ACABOU, ACABOU! SERÁ QUE VOCÊ NÃO TEM NADA MELHOR PARA FAZER ALÉM DE CUIDAR DA MINHA VIDA?

Ele pegou o braço dela, o apertando.

Eu não vi mais nada na minha frente, apenas aquele filho da puta apertando o braço da minha garota. Um desejo insano de matá-lo percorreu meu corpo. Eu estava cego de ódio. Então eu tirei a Mel do caminho, e o empurrei novamente. Ele caiu e não conseguiu se apoiar. Eu fui para cima dele, dando vários socos em seu rosto. Ele tentou reagir, mas eu estava com raiva o suficiente para conseguir prender suas mãos o deixando imóvel. Seu olho estava roxo, sua boca e seu nariz sangravam Eu não tinha vontade de parar. Foi só então que ouvi a voz da Mel, gritando, desesperada:

- Justin, Justin, para! Para! Solta ele! SOLTA!

Eu não obedeci, apenas continuei socando o rosto dele. Mas a Mel continuava pedindo para eu parar, e a voz dela estava apavorada, o que me fez clarear a cabeça. Eu respirei fundo, e saí de cima do David. 

- Eu avisei, Moore - falei.

Ele se levantou, desnorteado.

- Você me paga, Bieber - ele disse, sem reação, é claro. Ele havia acabado de levar uma surra na frente de mais de 250 pessoas.

Então ele nos deu as costas, e entrou em seu carro.

- Você está bem? - disse Mel, pegando instintivamente em meus braços e passando a mão no meu rosto para checar se havia algum machucado. Eu podia ver o choque em seus olhos.

- Estou sim, amor. Não se preocupa, ele não encostou um dedo em mim.

- Eu não acredito que você fez isso - ela sussurrou.

Eu peguei suas mãos. Olhei seu braço: estava vermelho.

- Está doendo? - Eu toquei o lugar onde ele havia apertado.

- Não - ela negou, mas eu podia ver que ela estava mentindo.

- Eu nunca vou deixar ninguém machucar você - prometi, beijando sua testa.

A platéia diante de nós soltou um grande "owwwwwwwwwwwwwwwwwwn".

- Obrigada por cuidar da mim. - Ela afagou minha mão. - Mas você não devia ter feito isso.

- Não pude controlar.

- Para dentro da escola, pessoal - soou uma voz severa atrás de nós. Droga, era o Sr. Adkins, o diretor da escola.

Ele abriu caminho pela roda de espectadores, as sobrancelhas unidas pesando acima de seus olhos pequenos como nuvens carregadas e agourentes.

- Eu falei sério - ele ameaçou. - Qualquer um que ainda estiver aqui quando eu voltar ficará na escola depois do horário.

A plateia se desfez antes que ele terminasse a frase.

- Então, Sr. Bieber, será que pode me explicar o que aconteceu aqui?

Eu não sabia o que falar. Eu não podia simplesmente dizer "ah Sr. Adkins, o ex da minha namorada apareceu aqui gritando com a gente porque ela dormiu na minha casa ontem, aliás a noite foi ótima, mas eu realmente não sei como diabos eles descobriu isso. Nós discutimos e ele apertou o braço da minha garota, eu fiquei revoltado e bati nele até que seu olho ficasse olho e seu nariz e boca sangrassem".

- Hã... claro - falei, sem ter a mínima ideia do que dizer em seguida. - Bom... um conhecido meu apareceu aqui querendo tomar satisfação por causa de alguns problemas que tivemos, nós discutimos e eu acabei... batendo nele - soltei. Não ia envolver a Mel.

- Não - protestou ela. Eu a olhei. - A culpa é minha, Sr. Adkins, a briga foi por minha causa.

Sr. Adkins me olhou.

- Você confirma isso, Sr Bieber?

- Não.

Mel me cutucou com o cotovelo, e me olhou com uma cara de quem queria dizer "seu idiota, confirme o que eu disse".

- Uh, então parece que teremos um castigo duplo aqui. Mas, de qualquer forma, Sr. Bieber, você sabe que a violência não é tolerada aqui, muito menos por motivos pessoais. Leve seus problemas para longe da escola, sim, rapaz?

- Sim senhor.

- Se houver uma próxima vez, suspendo os dois. Por enquanto vocês vão ficar 3 dias depois da aula. Agora para a sala, antes que eu resolva mudar de ideia e suspender os dois.

 - Sim, senhor - Mel e eu murmuramos ao mesmo tempo. Eu a puxei pela cintura em direção a sua sala.

Incrivelmente, ainda não havia professor lá. Porém todos os alunos estavam. Assim que nós aparecemos ali, todos nos fitaram. Eu vi que uma garota me analisava, mas a ignorei.

- Você está bem? - perguntei a Mel, afagando sua mão.

- Acho que sim.

- Acha?

- Hmmm, tenho certeza.

- Você é linda, sabia? 

- Você é mentiroso, sabia?

Nós falávamos aos sussurros para que ninguém ouvisse.

- Boba.

Ela riu de leve.

- Idiota.

- Amor?

- Oi?

- Eu te amo.

- Eu te amo bem mais.

- Eu acho que preciso ir - murmurei. - Antes que o Sr. Adkins apareça e me suspenda.

- Se você tivesse um pouco mais de juízo isso não estaria acontecendo.

- Nunca vou ter calma quando o assunto for você.

- Bobo. - Ela riu.

Eu a beijei, sem me importar com as pessoas que nos encaravam.

- Estou indo. Amo você. - Beijei a testa dela. Sei lá, eu adorava fazer isso.

- Também amo você. Tchau, amor.

Eu apenas dei um selinho nela e lhe virei as contas.

Quando cheguei em minha sala, o Sr. Greene, meu professor de Matemática, passava algumas equações no quadro. Fui direto para meu lugar, com todos me encarando. Eu odiava isso.

- Cara, não acredito que perdi a briga do ano - disse Chris para mim, balançando a cabeça inconformado.

- Nem eu - manifestou-se Chaz.

Eu ri.

- Não foi a briga do ano.

- Tá brincando? A escola toda está comentando, cara.

[...]

- Não posso fazer isso, Scooter - falei, irritado. Já era a 2ª vez que ele me ligava insistindo na mesma coisa. Eu estava fora de sala, ia para o castigo. Argh, maldito castigo.

- Como não, Justin? Suas fãs me mandam mensagens no twitter todo dia, elas estão sofrendo.

Eu estremeci.

- Eu sei, mas Scooter... meus amigos... a escola... a Mel...

- É essa garota, não é? Você nunca negou nada às suas fãs! Meu Deus Justin, escolha, é suas fãs ou essa Melanie.

Sim, eu estou super chateada com vocês. Os comentários diminuíram. Vocês acham que isso não machuca? 457 pessoas visualizaram a postagem e apenas 39 comentaram! Tem noção de como isso é frustante? Eu estou fazendo capítulos mais longos, estou me esforçando ao máximo, me mato para achar gifs e montar looks legais para vocês e vocês fazem isso? Poxa, o que custa comentar? Eu estou indo dormir as 4 da manhã ultimamente, somente para escrever os capítulos para vocês. Será que dói comentar? Eu não estou brincando, estou magoada de verdade, vocês gostam do meu IB? Querem que eu continue postando? Sim? Então comentem velho, comentem. Não é difícil, eu juro para vocês e aqui nem sequer tem aquelas verificaçõezinhas chatas para comentar. Tipo, eu desabafo e todo mundo comenta, no próximo post todo mundo some. Sério, eu sei que não tenho só 39 leitoras aqui, aliás vocês nem sequer seguem o blog, isso me magoa pra caralho.

Ah, as leitoras que sempre comentam, eu apenas posso agradecer à vocês, sério, os comentários de vocês são perfeitos, me fazem rir e as vezes até chorar <3 obrigada por tudo!

Continuo com 50 comentários. Isso mesmo, 50. Não continuo enquanto não tiver 50. 

Ah, e anonimos, não adianta comentarem tipo mil vezes só pra eu postar mais rápido, sei quando isso acontece :c

OBS: Estou pensando seriamente em assim que terminar essa história não escrever mais nenhuma.

Beijos, COMENTEM, pelo amor de Deus e por mim também :/ estou magoada, então me alegrem por favor. Amo vocês!