I will catch you if you fall - 18º capítulo

Então, não se estresse, não chore, não precisamos de asas para voar. Apenas pegue minha mão. - As Long As You Love Me, Justin Bieber

- Sua... hã, mãe? - minha voz falhou na última palavra.

Ele riu.

- É, por que o nervosismo?

- E se ela não gostar de mim?

- É claro que ela vai gostar de você, princesa. Você é meiga, doce, bonita e inteligente... exatamente o tipo de nora que ela adoraria ter. - Ele me encorajou, segurando minha mão e apertando-a.

- Tomara que você esteja certo.

- Eu sempre estou.

- Convencido - mostrei a língua para ele.

- Nem sou. Amor, amanhã a galera vai jogar boliche, e pediram para eu convidar você.

- Quem vai?

- Chris, Chaz, Alfredo, Caitlin, Jasmine e uma amiga dela que eu não conheço.

- Legal - eu me empolguei. - Faz tempo que não vejo eles. Vamos sim.

Um sorriso brilhou no rosto dele.

- Chegamos - anunciou ele. 

As palmas das minhas mãos suaram.

Ele contornou o carro, abriu a porta para mim e pegou na minha mão. Eu estava enrolando a ponta de uma mecha do cabelo por causa do nervosismo: ele percebeu, então me deu um beijo na testa.

- Don't you worry 'cause everything's gonna be alright - cantarolou ele.

Eu sorri: era minha música predileta.

- Pronta?

- Pronta.

Ele sorriu e me conduziu. A festa era num buffet, e quando entramos não havia quase ninguém; ainda era cedo. Assim que nos viu, Jazzy correu em nossa direção, se jogando para Justin.

- BooBoo! - ela disse quando estava no colo dele. Eu sorri: achava lindo o jeito que ela o chamava.

- Oi pequena, como você está? Feliz aniversário! Eu te amo.

- Obrigada, eu te amo também.

Eu achei que ia derreter diante dessa fofura toda.

- Mel! - ela exclamou ao se virar para mim.

- Ei princesa - eu beijei sua bochecha. - Parabéns! Trouxe um presente para você.

- Presente? - os olhos dela se iluminaram.

- Sim, quer ver? - eu perguntei, lhe oferecendo a caixa que continha o presente.

- Sim! - ela pegou, e abriu.

Foi difícil achar um presente para ela, pois eu não sabia o que ela gostaria de ganhar. Precisei da ajuda de Justin, e ele me disse que ela simplesmente adorava a Barbie, então eu comprei uma.

- Barbie! - ela sorriu ao ver a boneca. - Obrigada, Mel! É linda.

- Gostou? É linda que nem você.

Ela deu um sorriso tão fofo, mas tão fofo que meu Deus. Como ela conseguia ser tão linda?

Eu senti alguém puxando a barra do meu vestido, então olhei para baixo.

- Jaxon! - eu exultei, o pegando no colo. Ele passou a mão no meu rosto.

- Justin - ele disse olhando para Justin.

- Olá, pequeno - Justin disse carinhosamente. - Esta é a Mel, lembra-se dela? Do parque. - Ele fez referência à um passeio que fizemos: eu, ele, Jazzy, Jaxon, Chaz, Christian e Caitlin.

- Lembro - ele afirmou, passando a mão no meu rosto novamente.

- Hmmm, onde está nosso pai?

- O papai não chegou ainda.

- E minha mãe?

- Ali - respondeu Jaxon, apontando para a direita, e eu pude ver Pattie nos olhando com atenção. Assim que encontrou meu olhar, ela sorriu, e eu não pude deixar de sorrir também.

Ela não vai gostar de mim, pensei comigo mesma. Vai achar que eu não sou boa o suficiente para o filho dela.

- Vamos, Mel? - disse Justin me cutucando. Só então percebi que estava paralisada.

- Ah, vamos - eu disse, e ele deu um passo na direção de Pattie. Eu o segui.

- Oi, mãe! - ele disse, a abraçando mesmo com Jazzy no colo. - Estava com saudades.

- Eu também estava, filho - ela disse sorrindo.

Uau, ela era linda.

- Bom, mãe, esta é a Mel - ele me apresentou. - E Mel, essa é minha mãe, Pattie.

- É um prazer conhecê-la, querida - disse Pattie, estendendo a mão para mim. Eu a peguei, a cumprimentando.

- É um prazer conhecer a senhora também.

- Oh, por favor, nada de senhora! Me chame de Pattie.

- Tudo bem, Pattie - eu sorri. Ela era realmente muito amável.

- Hã, vou ali e já volto... vocês podem ficar conversando - disse Justin.

- Claro, claro - Pattie sorriu. Ele se virou, e saiu andando a passos largos.

- Então você e meu filho estão namorando, não é?

- Bom... basicamente.

- Ele parece gostar muito de você - ela sorriu. Parecia aprovar.

- Eu gosto muito dele também.

- Espero que vocês sejam felizes, Mel. Você me parece uma boa garota, e sei que vai fazer bem ao Justin. Fico feliz em saber que vocês estão juntos. Ele sempre falou muito bem de você - ela sorriu, e eu sorri também. Parecia que íamos nos dar bem.

- Fico feliz que a senhora...

- Você.

- Você - eu sorri - aprove nossa... hã, relação.

- Então, Mel, quer dizer que você é filha de Mary Stryder?

- Sim, eu mesma.

- Eu adoro os filmes que ela faz! É uma bela atriz.

Eu sorri.

- E uma ótima mãe.

- Não tenho dúvidas. Ei, é verdade que você é brasileira? - ela perguntou-me, parecendo interessada.

E embarcamos numa longa conversa.

Em alguns momentos, me peguei rindo com ela. Ela era muito simpática e parecia gostar de mim.

Após mais ou menos uns 25 minutos, Justin voltou. Pareceu gostar de ver nós duas nos dando bem.

- Mel, meu pai acabou de chegar.

Minha garganta fechou. Eu tinha esquecido dessa parte. O pai dele. Eu sabia que era irracional, mas de certa forma tinha medo dele. Não exatamente medo, acho que este não era o termo correto, mas não consegui achar nenhuma outra expressão.

- Ah... seu pai...

- Ele quer conhecer você. Vamos?

Engoli em seco.

- Claro - eu disse, ele pegou minha mão.

- Te vejo daqui a pouco, Pattie - eu disse virando para ela. Acho que ela leu o medo em meus olhos, então deu uma piscadela para mim, tentando me encorajar.

- Até daqui a pouco, querida - ela sorriu.

Eu dei as costas à ela.

Justin se aproximou de mim, e sussurrou em meu ouvido:

- Calma. Ele não morde. Juro que ele é legal.

- Tomara - murmurei.

Então eu vi. Ele era muito, muito mais alto que eu. Mas parecia legal, e tinha um sorriso repuxado no canto dos lábios.

- Pai, essa é a Melanie. Melanie, esse é meu pai, Jeremy - Justin nos apresentou.

- É um prazer conhecê-la, querida - ele estendeu a mão para mim, assim como Pattie havia feito minutos atrás. Eu a peguei.

- É um prazer conhecer o senhor, também.

- Senhor não... me chame de Jeremy, por favor - ele sorriu.

- Tudo bem, Jeremy - eu sorri também.

- Mel! - eu ouvi Jazzy gritar, e olhei para ela. Ela estava correndo em minha direção, e estendeu os braços para mim. Eu a peguei no colo.

- O que foi, princesa?

- A Cait e o Chris chegaram, eles querem ver você.

- Sério? Onde eles estão?

- Ali - ela apontou para a entrada, e eu olhei. Lá estavam eles, sorrindo.

- Hã, acho que preciso ir lá falar com eles... - disse para Jeremy.

- Claro, querida, vá lá - ele sorriu. Eu sorri em resposta. Gostei dele.

Ainda com Jazzy no colo, andei até eles.

- Oi Cait - eu disse, abraçando-a.

- Oi Mel!

- Faz tanto tempo que eu não vejo você!

- Você sumiu...

- Você também.

- Vai o boliche amanhã?

- Claro! Ah, oi Chris... - eu disse, envergonhada por ter esquecido de falar com ele.

- Oi Mel. Acho que o correto seria eu não falar com você, né? Tipo, por não te ver. Parece que a cada dia você fica mais baixinha.

Eu revirei os olhos, e dei um soco de leve em seu ombro.

- Você continua o mesmo idiota de sempre!

- Só agora que você descobriu isso? - disse a voz de Justin repentinamente, e ele envolveu minha cintura com o braço. - Aliás, oi Cait, oi Chris.

- Oi Justin - Caitlin disse, dando uma risadinha.

- Eae mano. O que quer insinuar com isso?

- Insinuar? Imagina, eu digo para você mesmo... você é um idiota.

- Cala a boca, cara.

- Quieto, bobão.

Eu e Caitlin rimos.

- Boliche amanhã? - perguntou Christian.

- Claro.

- Você vai, Mel? 

- Vou sim.

- Ué, cadê a Caitlin? - perguntou Chris.

Olhei em volta: ela realmente não estava ali.

- Deve ter ido arrumar a maquiagem - brincou Justin.

- Tem razão. Mulheres. - Chris revirou os olhos.

- Ei, eu ainda estou aqui! - protestei.

Todo riram, inclusive Jazzy.

- Boba - Justin beijou minha testa.

- Ótimo, parece que eu vou ter que segurar vela.

- Idiota - mostrei a língua para ele. Jazzy se mexeu no meu colo e eu a olhei.

- Quero falar com o papai.

- Tudo bem, pequena - eu disse, a colocando no chão. - Vá lá.

- Vem comigo?

- Hã, claro. Gente, eu já volto.

- Tudo bem - disse Chris.

- Vai lá amor - disse Justin.

Eu corei levemente, e Chris me olhou, rindo da minha expressão. Eu mostrei a língua para ele.

- Como você é educada - murmurou ele, rindo.

Justin narrando.

- Acho que você se deu bem, mano - disse Christian quando Mel já estava distante o suficiente para não conseguir nos ouvir.

- O que quer dizer?

- Bom, a Mel é simpática, legal, inteligente... e principalmente muito bonita. Pena que ela me zoa o tempo inteiro - ele riu.

- Eu sei.... ela é demais. E sei inclusive que você já teve uma queda por ela.

- Calma mano, já passou. E você não precisa ter ciúmes.

- Quem disse que eu estou com ciúmes?

- Está estampado no seu rosto. Só falta você escrever na testa "estou com ciúmes".

- Você é um panaca.

Ele riu.

- Eu sei. Cara... bom, eu tenho uma pergunta para te fazer.

- Manda.

- E o Moore? O namorado... quer dizer, ex, dela?

- O que tem ele?

- Ela terminou?

- É, terminou. Hã, mas acho que ela ainda gosta dele.

- Como assim?

- Sei lá cara, acho que não dá para parar de gostar de uma pessoas de uma hora para outra. De qualquer forma, eu gosto mais dela do que ela gosta de mim.

- Fodeu, velho. Fodeu. Apaixonou né?

- Pior que sim, cara. Mais do que devia.

- Vish.

- Mas estou feliz por estar com ela. Você sabe que eu sempre gostei dela, desde a primeira vez que a vi.

- Sei.

- E, cara, eu estou planejando pedir ela em namoro. Mas não vai ser um pedido normal. Vai ser incrível.

- O que diabos você vai fazer?

- Não posso contar ainda. Estou planejando.

- Bieber, Bieber... tem certeza que é isso que você quer? Não vai iludir a Mel, ela é uma garota de ouro. Você nunca foi assim, de se apaixonar fácil.

- Calma, Chris, eu jamais iludiria ela. Eu tenho certeza do que quero. Eu... eu... amo ela - confessei.

- Ai que fofo, ele está apaixonado - disse Chris em tom de deboche.

- Panaca - revirei os olhos.

- Ama quem? - disse Chaz, surgindo do além.

- Fala, mano! Pensei que você não vinha!

- E aí, cara? Claro que eu vinha! A festa não teria graça sem mim!

- Nem um pouco metido você - eu disse, dando socos na barriga dele. Ele revidou.

- Ah cara, mas fala aí. Eu ouvi a conversa. Quem você estava dizendo que ama?

- Você sabe, Chaz, não seja idiota!

- Melanie Stryder?

- Obviamente.

- Ih, cara, logo você apaixonado? Pensei que isso nunca ia acontecer! A Mel é uma heroína por aguentar você. Você é um saco.

- Cala a boca, Chaz. Você é um mané.

- Chaz, Chaz, Chaz! - disse a voz de Jazzy; eu a olhei e ela estava estendendo os braços para Chaz. Ele a pegou.

- Fala, Jazzy! Parabéns! Quer ver seu presente?

- Obrigada! Sim, quero!

- Vem cá então - ele saiu andando com ela no colo.

- Não acredito! Só eu não sabia? - resmungou Chris.

- Do que? - franzi a testa.

- Do seu amor platônico pela Mel.

- Ah, isso. Desculpa, cara, eu não queria contar a ninguém... eu achava que eu e ela não íamos ficar juntos, você sabe.

- Sei, sei. Mas me conte da próxima vez, ok?

- Não sei se vai ter próxima vez.

- Hã?

- Não acho que eu possa enxergar alguém além dela.

- Acho que você tá perdido.

- Eu também acho.

- Ela tem alguém tipo de magnetismo? Porque eu nunca imaginei você assim.

- Não é magnetismo cara. Sei lá, ela me seduz, sabe? Ela é inteligente, tímida, bonita, engraçada, e... quente. Ela é uma idiota.

- Vish.

- O que foi?

- Acho que você está mais que apaixonado. To falando de amor, cara. Mas pelo menos você se deu bem.

- Eu sei..

Eu ouvi passos, então olhei para trás. Era a Mel, e segurava Jaxon no colo. Cara, como ela conseguia ser tão linda?

Melanie narrando.

Eu pude ver Chris, Chaz e Justin conversando. Estava ardendo de curiosidade para saber sobre o que eles falavam.

A festa se povoou rapidamente; logo haviam centenas de pessoas ali. Passou rápido, muito rápido. Foi divertido: Jazzy estava incrivelmente feliz e sorridente. Jaxon se recusava à se distanciar de mim 1 centímetro sequer. Chaz fez piadas sobre a minha altura, e eu pedi para Justin bater nele por mim. Caitlin deu um sumiço repentino, mas logo voltou, avisando que tinha ido retocar a maquiagem. Chris brincou, dizendo que Justin era uma vidente, pois tinha dito, assim que Caitlin sumiu, que ela devia ter ido "arrumar a maquiagem". Jasmine chegou um pouco tarde, se desculpando, pois teve que fazer um show em cima da hora.

Assim que a festa acabou, eu e Justin nos despedimos de todos e ele foi me levar em casa. 

Estranhei; ele me levou até a porta, coisa que não costumava fazer. Chegando lá, pôs a mão na minha cintura, beijou minha testa e me olhou nos olhos.

- Até amanhã - murmurou. 

- Até.

- Eu venho te buscar, ok?

- Tudo bem... que horas?

- Umas 17:30.

- Ok.

E então ele começou a cheirar meu pescoço. Roçou a ponta do nariz na minha clavícula, subindo e descendo, e mordeu a ponta da minha orelha. Eu fiquei arrepiada.

- Tenho uma coisa para te dizer - eu podia sentir o sorriso em seus lábios.

- Diga.

- Eu te amo - ele sussurrou em meu ouvido, apertando minha cintura. Meu coração bateu forte, e eu me aproximei, colocando meus lábios no ouvido dele.

- Eu também amo você - sussurrei apaixonadamente.

- É bom saber disso.

- Hmmm... sabe... minha mãe não está em casa esta noite.

- E? - ele começou a roçar o nariz no meu pescoço novamente.

- Eu estava pensando se você gostaria de entrar.

- Tem certeza que quer isso?

- Absoluta.
Ele suspirou.
- Mel, isso não é certo. Sua mãe...
- Não iria se importar. Ela nunca se importa.
- Você é muito apressada. Não vou fazer nada precipitado com você.
Eu sabia do que ele estava falando, obviamente.
- Justin, não somos mais duas crianças. Eu tenho 16, você 17.
- Mel...
- O que foi? - eu disse, meio rebugenta. Droga, eu queria.
Ele pareceu ler meus pensamento, e disse:
- Eu também quero. Muito. Mas não vai ser assim.
Fiz um beicinho.
- Tudo bem... se é isso que você quer.
- Não faz isso, se não vou ser obrigada a aceitar seu convite.
- Então aceite.
- Não posso. Eu tenho que ir - ele sussurrou.
- Tudo bem, então.
- Eu amo você - ele beijou meu pescoço. Meu estômago se agitou. Era a segunda vez que ele me dizia isso.
- Eu também amo você - sussurrei, e ele me beijou.
Eu nunca desejei tanto uma pessoa como eu o desejava. Nunca amei ninguém de tal forma, nunca quis tanto uma pessoa. Eu não sabia como explicar, mas toda vez que ele tocava em mim eu me sentia mais quente. Toda vez que ele me beijava eu não tinha vontade de parar. Era como se... ele me completasse, da maneira que ninguém jamais completou.
Ele selou o beijo, e disse-me:
- Até amanhã - ele apertou minha mão. - Já estou com saudades.
- Eu também.
E então ele me deu as costas, e se foi. Eu suspirei, e entrei em casa.
Subi, tomei um banho, coloquei uma roupa confortável e peguei meu notebook.
- Puta que pariu! - exclamei ao abrir meu twitter.

[...]

Nunca pensei que eu pudesse fazer um post tão grande na minha vida, hahaha. Sério, meus dedos estão doendo.
Viram a nova playlist? Acho que eu demorei mais ou menos uma hora para fazer ela, cara, olha isso, 64 músicas! Bom, mas valeu a pena, eu acho. Tem as minhas preferidas e eu espero realmente que vocês gostem.
Ah, e se vocês ficarem com preguiça de ler, eu juro que bato em vocês! Brincadeira gente. Ou não. Enfim, eu realmente espero que vocês tenham gostado.
Comenteeeeeeeeem, se você está lendo isso não deixe de comentar.
Já me desculpei pela minha ausência aqui e também dei alguns avisos.

Anonimos, comecem a se identificar, vindo "logados" ou com o endereço do twitter no final, pois sei quando vocês comentam mais de uma vez para eu postar mais rápido, hahaha! Sim, sou ninja.

Beijos, amo vocês e comentem <3
OBS: continuo com 15 comentários!