segunda-feira, 15 de outubro de 2012

I will catch you if you fall - 7º capítulo

[...] Andei, meio tonta, até a sala.
Chegando lá, não conseguia racionar direito. Era como se minha mente tivesse travado.
Entrou uma professora na sala, mas não liguei; continuei tentando pensar em quanto ela falava monotonamente. 
De uma coisa eu tinha certeza, Justin gostava de mim. Mais do que como amiga. O único problema era que eu não sabia se eu gostava dele. E outro problema, maior ainda; eu devia contar à ele que eu sabia? Ele ia me falar? Como eu iria reagir? A nossa amizade continuaria a mesma? À quanto tempo ele gostava de mim?
Minha cabeça girou com as perguntas. O pior é que eu simplesmente não conseguia achar resposta para nenhuma delas.
O resto das aulas se passaram, e eu encontrei Justin na saída. Eu o olhei, e a mão dele tremeu enquanto ele me abraçava.
- Mel, você pode ir lá em casa? Tipo agora?
- Agora? Mais pra quê?
- Não posso falar pra quê, só diz se sim ou se não...
- Bom... ok então, vamos.
Ele sorriu, e andamos até o carro
- Tenho uma surpresa lá para você - ele disse enquanto eu ajustava o cinto
- Diz o que é? Por favor - fiz um biquinho
- Não senhora
- Poxa, se eu queimar de curiosidade a culpa vai ser sua
- Exagerada você hein?
- Nem sou e... - o toque do meu celular interrompeu o que eu ia dizer - Pera aí - eu disse pro Justin. Olhei o número; era a Lucy, minha amiga, e atendi:
- Alô?
- Amiga? Amiga, eu preciso falar com você, agora! Urgente! Ta acontecendo um negócio muito sério comigo! Já ta chegando em casa?
- Calma, é assim tão sério?
- É caso de vida ou morte. Mas é mais provável que saia uma morte.
- O que? Como assim? Me explica!
- Não pode ser por telefone! É urgente, urgente! - ela começou a chorar - eu preciso de você comigo agora! To te esperando na frente da sua casa.
- Ei, Lucy, não chora! Calma, espera aí, eu vou! Espera um pouco.
Tirei o celular do ouvido, olhando para Justin, e dizendo:
- Justin, eu preciso ir para casa, urgente. Ta acontecendo alguma coisa com a Lucy, ela ta chorando.
- A Lucy? O que ela tem?
- Não sei, ela não quis dizer. Só sei que ela disse que é caso de vida ou morte, e que precisa falar comigo agora.
Ele mordeu o lábio inferior.
- Tudo bem, eu te deixo em casa...
- Não vai ficar chateado?
- Claro que não
- Tem certeza?
- Aham
- Absoluta?
Ele riu
- Deixa de ser chata, Mel! Claro que não vou ficar chateado com você sua boba
- Jura? - sorri
Ele riu novamente
- Juro, sua idiota. E chegamos - ele fez um beicinho
- Awn, vou indo, se não a Lucy me mata - dei um beijo no rosto dele - depois te ligo
- Tudo bem... - ele me abraçou - tchau
- Tchau - murmurei e saí do carro.
Olhei Lucy, ela estava na frente da minha casa, chorando. Eu corri para alcançá-la
- Lucy? Lucy, o que você tem? - eu disse, abraçando-a, e ela me abraçou de volta
- Aconteceu o pior - ela me disse
- O que foi? - eu disse, soltando-a e abrindo a porta. Nós entramos e nos sentamos no sofá; não tinha ninguém em casa.
- O que foi? Me diz, pelo amor de Deus.
Ela respirou fundo.
- Estou grávida - soltou.
Eu a olhei, espantada
- Você está brincando comigo, né? Diz que sim
- Bem que eu queria
- Mas... como?
- Quer que eu te dê detalhes? Foi assim...
- Não não, não é assim que eu quis dizer. Tipo, você não usava preservativo, tomava anticoncepcional e tudo mais?
- Eu não sei, realmente não sei. Fiz o teste e deu positivo. A minha mãe vai me matar!
- Calma, calma! Ela também não vai te matar. Mas e o Nicholas... ele já sabe? - Nicholas era o namorado dela
- Sabe - ela disse, e teve uma crise de choro.
Eu tentei acalmá-la, mas não deu certo; ela ficou uns 5 minutos chorando no meu ombro
- Calma Lu! Quer um copo de água?
- Não, obrigada Mel - ela inspirou, engolindo o choro
- E ele disse que não vai assumir.
- O QUE? - eu me exaltei - COMO ASSIM NÃO VAI ASSUMIR? ELE NÃO TEM VERGONHA NA CARA?
- Acho que não.
[...]

Continuo com 5 comentários! Ah, e recebi bastante pedidos para capítulos mais longos, então vou tentar realizar os pedidos de vocês. Digam-me o que acharam :3, beijos!

14 comentários:

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